Novas simulações de computador, conduzidas pela equipe da cientista planetária Adeene Denton, do Southwest Research Institute, em Boulder, Colorado, explicam como Plutão capturou sua maior lua, Caronte. As descobertas sugerem que o par se juntou em uma colisão de “beijo e captura” , na qual os dois corpos teriam se aproximado brevemente antes de se fixarem em suas órbitas.

Anteriormente, os cientistas planetários acreditavam que Caronte poderia ter se formado de forma semelhante à lua da Terra – a partir de um impacto em um astro principal, que teria espirrado material quente derretido para a órbita, se fundindo em um grande satélite natural. Porém, seus detalhes de formação ainda são confusos, o que atrasa o conhecimento sobre sua junção com Plutão.

Com base nessa descoberta, a equipe de Denton realizou simulações computacionais detalhadas da colisão potencial, incorporando os núcleos rochosos, os mantos e as crostas geladas de ambos os corpos. Os resultados mostraram que os protoplanetas estabeleciam uma conexão instantânea.

Os especialistas explicam que dois outros pares de objetos, o planeta anão Eris e sua lua Dysnomia, e o planeta anão Orcus e sua lua Vanth, também poderiam ser explicados por colisões de “beijo e captura”.

Para os próximos passos, Denton planeja estender a pesquisa a outros objetos com diferentes massas e composições para aprofundar o conhecimento sobre o processo.