Um grupo de cientistas têm estudado a possibilidade do ser humano conseguir se reproduzir fora de órbita. Os testes se centram em conservar espermatozoides de camundongo na Estação Espacial Internacional (ISS).

O material genético já enviado passou pelo processo de liofilização – uma forma tecnológica de desidratação de um composto – e segue armazenado em um recipiente protetor da radiação espacial. O retorno dos exemplares está previsto para o ano que vem, quando cientistas do Centro de Biotecnologia Avançada da Universidade de Yamanashi, no Japão, farão novas análises para verificar os impactos do ambiente e sua taxa de eficiência.

Ao mesmo tempo, o professor Teruhiko Wakayama, líder dos estudos, está desenvolvendo um dispositivo capaz de permitir que os astronautas consigam fazer a fertilização in vitro a bordo da Estação Espacial no futuro. As tecnologias indiretas ganham a atenção dos especialistas por se tratarem de métodos mais “simples” e possíveis.

Os testes desse ramo da ciência começaram em 2013 com o envio de uma quantidade de espermatozoides dos camundongos, que permaneceu fora de órbita até maio de 2014 e gerou filhotes saudáveis e férteis. Nas análises foram encontrados pequenos danos no DNA decorrentes da alta radiação, mas a reparação deles aconteceu naturalmente durante o processo de fertilização.

O segundo projeto ocorreu em 2021, com o envio de embriões congelados de ratos para o espaço. Após o pouso na ISS, os astronautas descongelaram os materiais e os cultivaram por quatro dias. Os compostos enviados se desenvolveram normalmente e foi constatado que a gravidade não teve nenhum efeito significativo no DNA fornecido.

A nova pesquisa de Wakayama representa um passo inovador para a ciência embrionária, auxiliando nos próximos programas e resultados.