Um novo estudo publicado no The British Journal of Psychiatry identificou que adultos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) estão morrendo mais cedo que seus pares na população geral. Segundo os dados da pesquisa, a diferença chega a cerca de sete anos para os homens e nove para as mulheres.

A análise da Virginia Commonwealth University não aponta as causas diretas das mortes, mas confirma que o não tratamento e a falta de auxílio podem resultar em riscos maiores ligados a abuso de álcool e drogas, comportamentos de automutilação, transtornos de personalidade e redução do sono.

Uma segunda parte do artigo identifica que as diferentes realidades e qualidades de vida também impactam em como a doença é encarada e tratada. É necessário que o sistema de saúde dos países se adaptem para a população que sofre com o transtorno, desenvolvendo tratamentos e protocolos inclusivos e oferecendo medicações que tenham efeito comprovado.

Como as questões ligadas à saúde mental são muitas vezes negligenciadas, a maior dificuldade das instituições ainda é definir qual deve ser a frente de contenção principal – o foco flutua entre investigação dos comportamentos nocivos, métodos de prevenção e tratamento com remédios.

Os autores finalizam reforçando que este não é um problema passageiro e rápido, mas uma condição que deve ser controlada e cuidada durante toda a vida dos pacientes.