30/04/2025 - 17:21
Arqueólogos acreditavam ter encontrado tumbas que pertenceriam a familiares de Alexandre, o Grande durante uma escavação na cidade de Vergina, no norte da Grécia, em 1977. Entretanto, um recente estudo sugere que o corpo atribuído a Filipe II, o pai do monarca, seria de outra pessoa.
No ano passado, pesquisadores declararam que as tumbas continham os corpos de Alexandre IV, filho do monarca, Filipe III, meio-irmão de Alexandre, e Filipe II, pai do rei da Macedônia.
Apesar disso, novas análises indicaram que os restos atribuídos a Filipe II são de um indivíduo que viveu décadas antes do genitor de Alexandre, o Grande. As informações são do “Daily Mail”.
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De acordo com Yannis Maniatis, autor do estudo e diretor de pesquisa do Centro Nacional Grego de Pesquisa Científica, os cientistas estão “absolutamente certos” de que os restos analisados não pertencem a Filipe II.
As tumbas de Vergina abrigam vários membros da Dinastia Argéada, da qual Alexandre, o Grande fazia parte, e que governou durante o período da Grécia Antiga. No local, foram identificadas três sepulturas, mas sem identificação.
Em 2024, um estudo liderado por Antonios Bartsiokas, professor de Antropologia na Universidade Demócrito da Trácia, na Grécia, atribuiu as tumbas a Alexandre IV, Filipe III e Filipe II. Uma das evidências seria de que uma mulher e uma criança também presentes na sepultura correspondem aos relatos do assassinato do pai de Alexandre, o Grande.
Filipe II e sua família foram mortos pela ordem da ex-esposa do monarca, Olympia, mãe de Alexandre, o Grande, abrindo caminho para que ele assumisse o trono.
Apesar disso, o novo estudo conseguiu determinar por datação de radiocarbono que o corpo encontrado na tumba seria de um período entre 388 a.C. e 356 a.C., antes de Filipe II ser morto.
Os pesquisadores conseguiram descobrir que o corpo atribuído a Filipe II seria de um homem entre os 25 e 35 anos quando morreu, enquanto a mulher encontrada tinha entre 18 e 35. O pai de Alexandre, o Grande tinha 45 anos quando morreu.
Os ossos que pertenceriam a uma criança encontrados na mesma tumba na realidade eram de seis jovens que foram enterrados em 150 a.C. e 130 a.C., durante o período em que Roma dominava a região, sugerindo que pais romanos podem ter colocado seus filhos na sepultura por uma abertura deixada por ladrões de túmulos.
Apesar dos restos encontrados na tumba não serem do pai de Alexandre, o Grande, os pesquisadores estão certos de que o corpo pertence a alguém da dinastia do monarca.