Parece roteiro de apocalipse, mas é a pura (e dura) verdade: além de a forte onda de calor e os incêndios florestais afligirem boa parte dos Estados Unidos, o país está sofrendo também com um surto épico de gafanhotos. Segundo a BBC Brasil, pelo menos 15 estados norte-americanos registraram a praga, em especial no oeste do país. Esses insetos são nativos da região e sua população costuma ser controlada. No entanto, a seca e o calor causaram uma explosão no número de insetos. Os gafanhotos consomem não apenas a lavoura, mas também os estoques de capim do gado, prejudicando também a pecuária. Os estados mais afetados estão no noroeste dos EUA, como Montana, Oregon e Wyoming.

Os termômetros seguem registrando sucessivas altas na costa oeste dos EUA. No Vale da Morte, na divisa entre Califórnia e Nevada, a temperatura novamente bateu os 54°C na última 2ª feira (12/7). No rio Colorado, a falta de água ameaça o maior reservatório do país, a represa Hoover, que enfrenta o nível mais baixo da história. Sem água e debaixo de um sol inclemente, os incêndios florestais voltaram a assombrar a porção ocidental dos EUA. Associated Press, Guardian, NBC News e Wall Street Journal deram mais informações sobre os focos de incêndio. Já o NY Times destacou a situação do Novo México, que sofre com o ressecamento de canais centenários usados para irrigação.

Impacto da fumaça

Falando em incêndios, a Bloomberg repercutiu dados de um estudo recente que apontou para o impacto prejudicial da fumaça no sistema respiratório das pessoas expostas a focos de fogo em 2018 no norte da Califórnia. A fumaça, decorrente de um incêndio causado pelo colapso de uma linha elétrica, continha níveis extremos de chumbo e outros metais tóxicos. O incêndio destruiu completamente a comunidade de Paradise, matando 85 pessoas e incinerando mais de 19 mil construções.