08/09/2025 - 14:06
Militares do 4º Bimec (Batalhão de Infantaria Mecanizado) abriram uma cápsula do tempo enterrada há 104 anos no complexo militar de Quitaúna, em Osasco (SP) — cidade localizada na região metropolitana da capital paulista. A caixa foi deixada no local no dia do início da construção do quartel, em 28 de agosto de 1921. No objeto, foram encontrados jornais da época, moedas e documentos.
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De acordo com o 4° Bimec, a descoberta acidental de uma cápsula do tempo em um quartel de Caxias do Sul (RS) levantou a ideia de que havia uma tradição entre os militares há 100 anos de deixar caixas para as gerações futuras e outras poderiam estar espalhadas pelo País.
Foi o major Felipe Faulstich, que atualmente serve na Aman (Academia Militar dos Agulhas Negras), que encontrou uma notícia na edição de 30 de agosto de 1921 do “Correio Paulistano” sobre uma cápsula do tempo enterrada em Quitaúna.

A cápsula do tempo, que consiste em uma caixa de cobre com itens dentro, foi aberta em uma cerimônia no dia 28 de agosto, exatos 104 anos após ser deixada no local. O item estava enterrado abaixo da pedra fundamental do quartel — nome dado para se referir à primeira pedra de uma construção.
Na caixa, estavam 11 moedas de “réis”, nome do dinheiro que circulava na época, e exemplares dos jornais “A Tribuna”, de Santos (SP), “Correio Paulistano” e do “Estado de S. Paulo”, todos intactos e do dia 28 de agosto de 1921.
Ainda, foi encontrada a ata da cerimônia de início nas obras do complexo militar em Osasco. O documento foi assinado pelo então presidente Epitácio Pessoa, pelo governador Washington Luís, que na época era gestor do estado de São Paulo, e pelo militar Cândido Rondon.