Um dos museus mais visitados do mundo, o Metropolitan Museum of Art (Met), entrou numa tremenda roubada. A justiça norte-americana descobriu que a peça principal de sua exposição iniciada em julho era ilegal. O sarcófago egípcio todo ornamentado em ouro já tinha sido visto por quase meio milhão de pessoas e atrairia muitas mais até abril, mas antes disso estará de volta ao seu país natal. Nele está inscrito o nome de Nedjemankh, um sacerdote de alto escalão do deus Heryshef de Herakleopólis, que é representado por uma cabeça de carneiro.

O museu devolverá o valioso caixão, que data do século I a. C., comprado um ano antes da exposição começar de um vendedor de arte de Paris por quase 4 milhões de dólares. Não se sabe por que motivo a procuradoria do distrito de Manhattan iniciou uma investigação sobre a peça. Mas ficou provado que sua documentação tinha sido falsificada, incluindo  a suporta licença de exportação emitida no Egito em 1971.

Na sexta-feira, em comunicado oficial, o diretor-geral do Met, Daniel Weiss, expressou suas desculpas ao povo egípcio e especificamente ao ministro de Antiguidades do país, Khaled El-Enany. Ele garantiu que irá usar “todos os recursos disponíveis para recuperar o valor pago pelo sarcófago”, se comprometeu a “identificar como pode fazer justiça” e disse que se empenhará em “ajudar a evitar futuros delitos contra bens culturais”.

Hoje conhecido pela sigla Met (mas por muito tempo chamado “Metropolitan”), o museu está localizado na área mais nobre de Nova York, em pleno Central Park.