As autoridades australianas enviaram hoje (10 de janeiro) mensagens de texto a cerca de 240 mil pessoas pedindo que se retirem de várias áreas ameaçadas pelos incêndios florestais no estado de Victoria (sudeste do país), que está em estado de emergência.

As temperaturas estão em torno de 40 graus Celsius em várias partes da Austrália. A expectativa é que durante a noite as condições meteorológicas no sudeste do país piorem, aumentando os incêndios numa região onde já morreram mais de uma dezena de pessoas e onde foram destruídas pelo menos 500 casas.

Segundo o Instituto de Meteorologia australiano, uma frente fria deve chegar ao centro e à costa leste de Victoria, com ventos de até 90 quilômetros por hora.

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Em Victoria (estado que, em fevereiro de 2009, viveu o pior incêndio da história da Austrália, quando morreram 173 pessoas) foram hoje emitidos seis alertas de emergência e três de evacuação antes do início da noite. Victoria abriga a segunda maior cidade australiana, Melbourne.

No estado de Nova Gales do Sul, o mais populoso da Austrália, cerca de 3.300 bombeiros combatem 137 focos de incêndios, dos quais 66 são considerados fora de controle.

Mudança de ventos

A mudança dos ventos provenientes do sul, que poderá agravar o fogo em diversas áreas, colocou em risco a região dos Alpes Australianos, próxima a Victoria, bem como a cidade de Coonabarabran, a 459 km a oeste de Sydney, onde há um grande telescópio astronômico.

Nas cidades de Tumut e Tumbarumba, 411 quilômetros a sudoeste de Sydney, “alguns focos estão se unindo”, alertou o comandante dos bombeiros de Nova Gales do Sul, Shane Fitzsimmons. Segundo ele, “no final do dia haverá focos de incêndios que se vão se juntar e criar grandes problemas”.

Desde o início dos incêndios na Austrália, em setembro passado, já morreram 26 pessoas, mais de 2 mil casas foram queimadas e uma área equivalente à da Irlanda foi destruída. Além disso, estima-se que mais de 1 bilhão de animais selvagens tenham morrido.

 

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