13/10/2025 - 11:41
Gali e Ziv Berman passaram mais de dois anos em cativeiro em locais separados e são libertados no âmbito do acordo de paz para Gaza.Os gêmeos teuto-israelenses Gali e Ziv Berman, que foram mantidos reféns na Faixa de Gaza, se reencontraram nesta segunda-feira (13/10) após mais de dois anos, depois de terem sido libertados pelo grupo radical palestino Hamas, sob os termos do acordo de paz para Gaza apoiado pelos EUA.
Eles estão no grupo dos últimos 20 reféns israelenses soltos pelo grupo radical palestino, após 738 dias de cativeiro.
Os jovens de 28 anos foram sequestrados numa cidade fronteiriça israelense durante os ataques de 7 de outubro de 2023 e mantidos em cativeiro separadamente.
Os militares israelenses publicaram uma foto documentando o reencontro após a libertação.
Quatro dos 20 reféns libertados nesta segunda-feira têm dupla nacionalidade teuto-israelense.
Os corpos de outros 28 reféns também devem ser devolvidos a Israel sob os termos do acordo de paz, mas na tarde desta segunda-feira ainda não estava claro quando isso ocorreria.
“Início da cura”
O chanceler federal alemão, Friedrich Merz, saudou a libertação dos reféns vivos como “o início da cura e um passo no caminho para a paz no Oriente Médio”.
“Finalmente. Após 738 dias, os reféns retornam – incluindo os alemães”, escreveu Merz no X. “Dois anos de medo, dor e esperança ficaram para trás. Hoje, as famílias podem finalmente abraçar seus entes queridos novamente.”
“Os reféns assassinados também devem retornar para casa para que suas famílias possam se despedir com dignidade”, acrescentou.
Merz está entre os líderes mundiais que viajaram para o resort egípcio de Sharm el-Sheikh nesta segunda-feira, para participar de uma cerimônia de assinatura para selar o acordo de paz, três dias após a entrada em vigor do cessar-fogo.
Berlim prometeu apoiar a implementação do plano de paz capitaneado pelos EUA e almeja desempenhar um papel na reconstrução da Faixa de Gaza.
A cerimônia no resort à beira-mar tem presença confirmada de mais de uma dúzia de chefes de Estado e de governo, incluindo o presidente dos EUA, Donald Trump, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, também confirmaram presença.
A agenda prevê a assinatura da declaração sobre o plano de paz dos EUA por Trump, pelo presidente egípcio, Abdel-Fattah al-Sisi, o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, e o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani.
Na cerimônia estão previstos também um breve discurso de boas-vindas de Al Sisi e uma fala mais prolongada de Trump. Merz deve retornar a Berlim à noite.
Presidente alemão saúda libertação de reféns
O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, e o ministro do Exterior da Alemanha, Johann Wadephul, também saudaram os acontecimentos desta segunda-feira. “Após mais de dois anos em cativeiro brutal, mais reféns do Hamas estão finalmente retornando a Israel hoje”, disse Steinmeier.
O gabinete de Steinmeier disse que o presidente “escreveu aos reféns alemães libertados e expressou a esperança de que eles gradualmente consigam deixar para trás as consequências da violência que sofreram”.
Wadephul disse à emissora de rádio Deutschlandfunk que a libertação representou “um momento de alegria, mas também um momento de apreensão, porque, claro, sabemos que alguns estão, na verdade, apenas retornando como cadáveres”.
md/as (DPA, ots)