A queda na frequência sexual entre os jovens da Geração Z (nascidos entre meados da década de 1990 e 2010) consolidou-se como um fenômeno global. Pesquisas recentes realizadas no Brasil e no exterior confirmam que, em comparação aos millennials, os jovens adultos atuais enfrentam barreiras comportamentais, econômicas e tecnológicas que impactam diretamente sua vida íntima.

  • Passividade: 72% dos solteiros da Geração Z relatam maior dificuldade em tomar a iniciativa na paquera.

  • Concorrência Digital: A gratificação instantânea das redes sociais substitui a busca por conexão física real.

  • Prioridades: A pressão por estabilidade financeira e carreira consome a energia antes dedicada ao lazer e ao sexo.

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Especialistas apontam que a “dopamina de tela” tornou-se a principal concorrente da intimidade humana. O vício em dispositivos móveis oferece recompensas neurológicas rápidas e sem risco de rejeição, desestimulando o esforço necessário para construir interações presenciais.

Além do fator tecnológico, o cenário econômico impõe um ritmo de vida exaustivo. A ansiedade gerada pela necessidade de pagar contas, concluir o ensino superior e manter o networking profissional coloca o sexo no fim da lista de prioridades. A saúde mental, frequentemente fragilizada pela pressão por performance, atua, ironicamente, como um inibidor da libido.

“A exaustão e a ansiedade da performance no trabalho consomem a energia que antes ia para a intimidade.”

Contudo, a mudança não é apenas quantitativa, mas qualitativa. Dados indicam que a Geração Z tende a valorizar relacionamentos mais duradouros em detrimento do sexo casual, comum nas gerações anteriores. Para 48% dos entrevistados, a qualidade da relação sexual logo no primeiro encontro é um fator decisivo para a continuidade do relacionamento, sugerindo uma busca por compatibilidade real e não apenas prazer momentâneo.