07/09/2020 - 20:01
Muitas estrelas coloridas estão agrupadas na imagem do aglomerado globular NGC 1805 reproduzida acima, obtida pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa/ESA. Esse agrupamento compacto de milhares de estrelas está localizado próximo à borda da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea.
As estrelas ali orbitam próximas umas das outras, como abelhas enxameando ao redor de uma colmeia. No centro denso de um desses aglomerados, as estrelas estão entre 100 e 1.000 vezes mais próximas do que as estrelas mais próximas do Sol. Isso torna improvável a existência de sistemas planetários ao seu redor.
A notável diferença nas cores das estrelas é belamente ilustrada na imagem, que combina dois tipos diferentes de luz: estrelas azuis, que brilham mais intensamente em luz ultravioleta próxima, e estrelas vermelhas, iluminadas em vermelho e infravermelho próximo. Telescópios espaciais como o Hubble podem observar no ultravioleta porque estão posicionados acima da atmosfera da Terra, que absorve a maior parte desse comprimento de onda, tornando-o inacessível a instalações terrestres.
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Esse jovem aglomerado globular pode ser visto do hemisfério sul, na constelação de Dorado (alusão ao peixe dourado-do-mar). Normalmente, os aglomerados globulares contêm estrelas que nascem ao mesmo tempo. O NGC 1805, no entanto, é incomum. Ele parece hospedar duas populações diferentes de estrelas com idades de milhões de anos de diferença uma da outra.
A observação de tais aglomerados de estrelas pode ajudar os astrônomos a entender como as estrelas evoluem e quais fatores determinam se elas terminam suas vidas como anãs brancas ou explodem como supernovas.