A galáxia espiral irregular NGC 5486 paira sobre um fundo de galáxias distantes e escuras nesta imagem do Telescópio Espacial Hubble, da Nasa/ESA. O tênue disco da galáxia é atravessado por tufos rosa de formação estelar, que se destacam do brilho difuso do núcleo brilhante da galáxia.

Embora essa galáxia em particular tenha braços espirais indistintos e sinuosos, ela se encontra perto da muito maior galáxia Pinwheel, um dos exemplos mais conhecidos de galáxias espirais de “grande design”, com braços espirais proeminentes e bem definidos. Em 2006, o Hubble capturou uma imagem da galáxia Pinwheel que era – na época – a maior e mais detalhada foto de uma galáxia espiral já tirada com o Hubble.

Detritos de supernovas

A NGC 5486 fica a 110 milhões de anos-luz da Terra, na constelação da Ursa Maior. As constelações não são apenas padrões de estrelas brilhantes, mas também um sistema que os astrônomos usam para dividir o céu em regiões. Existem 88 dessas regiões, e cada uma tem uma constelação associada representando uma figura mitológica, um animal ou mesmo um item de equipamento científico. Esse estranho zoológico celestial contém de tudo, desde o grande urso da Ursa Maior até um tucano, um monstro marinho, um telescópio e um cavalete de pintor.

Esta foto vem de uma seleção de imagens do Hubble que exploram os detritos deixados pelas supernovas Tipo II. À medida que estrelas massivas chegam ao fim de suas vidas, elas liberam enormes quantidades de gás e poeira antes de terminar suas vidas em explosões titânicas de supernovas. A NGC 5486 hospedou uma supernova em 2004, e os astrônomos usaram a visão aguçada da Advanced Camera for Surveys do Hubble para explorar as consequências na esperança de aprender mais sobre esses eventos explosivos.