25/11/2019 - 14:58
Quando os astrônomos exploram o conteúdo e as partes constituintes de uma galáxia, usam várias técnicas e ferramentas. Uma delas é espalhar a luz que entra dessa galáxia em um espectro e explorar suas propriedades. Isso é feito da mesma maneira que um prisma de vidro espalha a luz branca em seus comprimentos de onda constituintes para criar um arco-íris. Ao procurar sinais específicos de emissão de vários elementos no espectro de luz de uma galáxia (as chamadas linhas de emissão) ou, inversamente, os sinais de absorção de outros elementos (as chamadas linhas de absorção), os astrônomos podem começar a deduzir o que pode estar acontecendo dentro.
Se o espectro de uma galáxia mostra muitas linhas de absorção e poucas linhas de emissão, isso sugere que seu material de formação de estrelas foi esgotado e que suas estrelas são principalmente antigas. Já o oposto sugere que ela pode estar repleta de formação estelar e energéticos sóis recém-nascidos.
Essa técnica, conhecida como espectroscopia, pode nos falar sobre o tipo e composição de uma galáxia, a densidade e a temperatura de qualquer gás emitido, a taxa de formação de estrelas ou a massa do buraco negro central da galáxia.
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Embora nem todas as galáxias exibam linhas de emissão fortes, a NGC 3749 (aqui retratada pelo Telescópio Espacial Hubble) exibe. Ela se encontra a mais de 135 milhões de anos-luz de distância da Terra e é moderadamente luminosa. A galáxia tem sido usada como um “controle” em estudos de galáxias especialmente ativas e luminosas – aquelas com centros conhecidos como núcleos galácticos ativos, que emitem grandes quantidades de radiação intensa. Em comparação com esses primos ativos, a NGC 3749 é classificada como inativa e não apresenta sinais conhecidos de atividade nuclear.