31/01/2022 - 8:10
A galáxia anã NGC 1705 é apresentada nesta imagem do Telescópio Espacial Hubble, da Nasa/ESA. Essa galáxia diminuta fica na constelação de Pictor, visível no hemisfério sul, e está a aproximadamente 17 milhões de anos-luz da Terra. A NGC 1705 é uma excêntrica cósmica – é pequena, de forma irregular e recentemente passou por uma onda de formação de estrelas conhecida como starburst.
Apesar dessas excentricidades, a NGC 1705 e outras galáxias anãs irregulares como ela podem fornecer informações valiosas sobre a evolução geral das galáxias. Galáxias anãs irregulares tendem a conter poucos elementos além de hidrogênio ou hélio, e são consideradas semelhantes às primeiras galáxias que povoaram o universo.
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Câmera mais avançada
Os dados mostrados nesta imagem vêm de uma série de observações projetadas para desvendar a interação entre estrelas, aglomerados de estrelas e gás ionizado em galáxias formadoras de estrelas próximas. Ao observarem um comprimento de onda específico de luz conhecido como H-alpha com a Wide Field Camera 3 do Hubble, os astrônomos pretendiam descobrir milhares de nebulosas de emissão – regiões criadas quando estrelas quentes e jovens banham as nuvens de gás que as cercam em luz ultravioleta, fazendo com que elas brilhem.
Esta não é a primeira vez que a NGC 1705 foi fotografada pelo Hubble. Os astrônomos espiaram o coração da galáxia em 1999 usando a câmera do Hubble na época, a Wide Field Planetary Camera 2. Esse instrumento foi substituído pela Wide Field Camera 3 durante a quinta e última missão do ônibus espacial ao Hubble em 2009, e o instrumento mais novo forneceu um retrato mais rico e muito mais detalhado da NGC 1705 do que a observação de 1999.