O recorde de velocidade máxima já batida por um ser humano durante uma corrida de 100 metros masculina é de quase 45 km/h, marca atingida pelo atleta jamaicano Usain Bolt durante prova realizada em 2009, em que o percurso foi concluído em 9,58 segundos. Na mesma modalidade, mas na categoria feminina, a façanha é da americana Florence Griffith-Joyner, que completou o trajeto em 10,49 segundos.

Apesar disso, as velocidades atingidas por ambos os atletas estão longe do limite máximo que o corpo humano pode atingir. De acordo com uma pesquisa publicada em 2010 no “Journal of Applied Physiology”, uma pessoa poderia ser capaz de atingir 60 km/h, o que completaria a corrida de 100 metros em 5,625 segundos. As informações são do “Science News”.

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De acordo com o biomecânico Ross Miller, da Universidade de Maryland, nos EUA, a velocidade de um corredor depende muito da técnica utilizada. “A corrida deveria ser o mais intensa possível em cada passo, com esforço máximo e instantâneo o tempo todo”, pontuou o especialista.

A velocidade máxima depende de quanto tempo os pés precisam para entrar em contato com o solo enquanto ainda aplicam a força para impulsionar o corpo para frente. Para o biomecânico, é possível que ninguém tenha atingido tal número por não ter capacidade física ou também, pelo fato de a “pessoa certa” não ter conseguido acesso ao treinamento.

Se a velocidade humana na terra chega a 60 km/h, na água é mais difícil atingir tal rapidez. Atualmente, o recorde de nado em 50 metros é do brasileiro César Cielo Filho, que completou a prova em 20,91 segundos no ano de 2009. A sueca Sarah Sjöström detém a marca das mulheres na mesma modalidade, que foi batida em 2023, quando o percurso foi concluído em 23,61 segundos.

Conforme o dinamista de fluidos Timothy Wei, da Northwestern University, nos EUA, nadar é mais devagar pelo fato de a densidade da água ser maior que a do ar. Entretanto, apesar disso, de acordo com o especialista, “todos temos uma ‘bola de boliche’ entre os ombros. Isso cria uma grande quantidade de impulsão”, pontua.

Mesmo assim, a velocidade de nado ainda não foi calculada pela comunidade científica.