27/11/2020 - 11:49
O enorme iceberg A-68A ganhou as manchetes nas últimas semanas, à medida que se dirige para a Geórgia do Sul no Oceano Antártico. Novas imagens (mais abaixo), capturadas pela missão Copernicus Sentinel-1, mostram que o iceberg está girando e potencialmente indo para oeste.
Em julho de 2017, o bloco A-68 quebrou a plataforma de gelo Larsen C da Antártida, gerando um dos maiores icebergs já registrados, com mais de 5.000 km2.
Agora, três anos depois, o iceberg A-68A (maior pedaço do bloco, com cerca de 3.500 km2), está sendo carregado por correntes em águas abertas, a milhares de quilômetros de seu local de nascimento.
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Rastreamento
A última imagem da missão Copernicus Sentinel-1, capturada em 25 de novembro, mostra que a ponta leste do iceberg está agora a apenas 255 km da Geórgia do Sul. Se o iceberg atingisse a costa da ilha, poderia potencialmente encalhar nas águas rasas litorâneas e ameaçar a vida selvagem local, incluindo pinguins, focas e krill.
Como esses animais precisam de acesso ao mar para se alimentar, o iceberg poderia facilmente bloquear suas rotas de forrageamento. Isso os impediria de alimentar seus filhotes. Também pode perturbar o ecossistema abaixo, esmagando animais e plantas no fundo do mar.
As missões de satélite estão sendo usadas para rastrear o iceberg em sua jornada nos últimos três anos. A missão de radar Sentinel-1, com sua capacidade de ver através das nuvens e da escuridão, foi fundamental no mapeamento das regiões polares no inverno.
Copernicus é o programa de observação da Terra da União Europeia (EU), coordenado e gerido pela Comissão Europeia em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA), os estados-membros e as agências da EU.