São várias as lendas de piratas que teriam deixado tesouros enterrados em ilhas isoladas no oceano, mas o historiador Marcos Juliano Ofenbocke acredita que uma dessas histórias é verdade e relíquias roubadas estariam escondidas na Ilha da Trindade, no Espírito Santo.

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De acordo com o historiador, estaria na ilha um tesouro vindo da Catedral de Lima, no Peru, saqueado por piratas de um navio espanhol em 1821. Um dos piratas relacionados com a relíquia seria João Francisco Inglez, um inglês que viveu em Curitiba e era conhecido como Zulmiro, mas originalmente se chamava John Francis Hodder.

Conforme Ofenbocke, Zulmiro chegou ao Brasil após ser capturado por um navio de guerra inglês no Oceano Atlântico, mas um conhecido o ajudou a escapar pelo litoral do Paraná. Após entrar no País, o pirata viveu 60 anos em Curitiba.

Segundo o “UOL”, Ofenbocke conduziu uma pesquisa na ilha em uma tentativa de encontrar os vestígios do tesouro em 2023. Na época, o historiador afirmou que a exploração poderia encontrar o tesouro, indícios de que algo esteve ali no passado, ou não achar nada.

O projeto de Ofenbocke recebe apoio do Instituto Histórico do Paraná, da Marinha do Brasil e da Universidade Federal do Paraná. A expectativa do historiador é que os achados das escavações sejam destinados a museus.

Ilha da Trindade

A Ilha da Trindade está a 1.200 quilômetros do litoral do Espírito Santo, entre a América do Sul e a África, e tem 9,2 quilômetros quadrados, com áreas acidentadas de elevações que chegam aos 600 metros. O local foi formado há três milhões de anos com origem vulcânica, mas erupções não ocorrem há aproximadamente 50 mil anos.

A área foi descoberta em 1501 e inicialmente serviu de abrigo para piratas ingleses.

Apesar do Reino Unido ter feito tentativas de incorporar a Ilha da Trindade, o Brasil conseguiu estabelecer sua soberania no local em 1897 por meios diplomáticos. Em 1924, a área foi utilizada como presídio para prisioneiros políticos.

De acordo com a Marinha do Brasil, o local é o maior berçário de tartarugas-verdes do País, além de abrigar samambaias e aves raras.

A corporação informou que durante o período de descobrimento e colonização, navegadores deixaram cabras na ilha que devastaram a vegetação. A Marinha precisou retirar os animais para restaurar as plantas do local.

Em 1957, foi estabelecido o Posto Oceanográfico da Ilha da Trindade, que é administrado pela Marinha.

*Com informações da Agência Brasil