Logo após o ataque à base norte-americana de Pearl Habour (no Havaí) pelos japoneses, em 1941, o governo dos EUA decidiu entrar na Segunda Guerra Mundial contra esse país dentro e fora de casa. Internamente, foi decretada a “evacuação” de nipo-americanos para campos de concentração.
Em 19 de fevereiro de 1942, o presidente Franklin D. Roosevelt assinou a Ordem Executiva que forçou aproximadamente 120 mil pessoas de ascendência japonesa, muitas das quais nascidas nos EUA, a abandonar suas casas, empresas, fazendas e propriedades. Eles foram carregados em ônibus para os chamados “Centro de Autoridade de Relocação de Guerra” ou “centro de relocação”.
A fotógrafa Dorothea Lange foi contratada pelo Estado para documentar a evacuação e as instalações do Centro de Relocação Manzanar, em Manzanar, na Califórnia. Cientes de que pessoalmente Dorothea era contra os campos de concentração, as fotografias foram tiradas dela e passaram décadas censuradas, longe do conhecimento do público. Hoje, finalmente, temos a oportunidade de olhar para este momento histórico e pouco divulgado.
Embora bem mais estruturados que os – extremamente cruéis – campos de concentração alemães, esses locais representaram cárcere forçado para esses milhares de pessoas. Os nipo-americanos não foram separados de seus familiares, mas tiveram que deixar suas vidas para trás, fazer trabalho forçado, viver privações de todo tipo lá dentro, além de serem mortos, caso tentassem fugir. Também tiveram que lidar com o preconceito de raça antes durante e depois dessa fase, que durou de 1942 a 1948.
Veja aqui 22 dessas imagens com suas legendas originais.