12/07/2016 - 16:09
O incêndio florestal iniciado em 1º de maio no centro-norte de Alberta, no Canadá, é por enquanto o terceiro maior dessa província, com quase 5.900 km2 de matas destruídas pelo fogo em 8 de junho, e ainda não tem previsão para acabar. Incêndios nas florestas canadenses não são incomuns, mas este já marcou época por forçar uma das maiores evacuações do gênero na história do país: a de cerca de 88 mil habitantes de Fort McMurray (situada a 15 km do primeiro foco de incêndio e duramente atingida pelo fogo) e de cidades vizinhas. Centro urbano mais importante da região das areias oleosas que tornaram o Canadá um grande produtor de petróleo, Fort McMurray perdeu cerca de 2.400 edificações, mas o número de mortes se limitou a duas pessoas, envolvidas em um acidente automobilístico na fuga do incêndio. Companhias petrolíferas como a Shell interromperam suas atividades na área de areias oleosas por conta do avanço do fogo. Não se sabe ainda a origem do incêndio, mas ele contou com uma grande ajuda climática: no início, as temperaturas na região estavam anormalmente altas, acima de 30° C, e a umidade relativa do ar rondava 12%, refletindo condições associadas ao fenômeno El Niño. Por enquanto, calcula-se que a destruição tenha causado prejuízos de até US$ 4,7 bilhões nas comunidades atingidas, além de US$ 1 bilhão nos campos de areia oleosa paralisados.