Essas quatro imagens obtidas pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa/ESA, revelam o caótico nascimento de estrelas no complexo de Órion. Essa é a principal região de formação de estrelas mais próxima da Terra.

As fotos mostram estrelas incipientes enterradas em casulos gasosos empoeirados anunciando seus nascimentos por meio de ventos poderosos, bem como pares de jatos giratórios do tipo sprinkler disparando em direções opostas. A luz próxima ao infravermelho vence a região empoeirada para revelar detalhes do processo de “parto”.

O fluxo proveniente das estrelas está esculpindo cavidades dentro da nuvem de gás, composta de hidrogênio. Esse estágio de nascimento relativamente breve dura cerca de 500 mil anos.

Radiação poderosa

Embora as próprias estrelas estejam envoltas em poeira, elas emitem uma radiação poderosa, que atinge as paredes da cavidade e espalha grãos de poeira, iluminando com luz infravermelha as lacunas nos envoltórios gasosos. Os astrônomos descobriram que as cavidades na nuvem de gás circundante esculpida pelo fluxo de uma estrela em formação não cresciam regularmente à medida que amadureciam, como propõem as teorias.

As jovens estrelas nessas imagens são apenas um subconjunto de um ambicioso estudo de 304 estrelas em desenvolvimento, o maior até hoje. Os pesquisadores usaram dados coletados anteriormente do Hubble, bem como do telescópio espacial Spitzer, da Nasa, e do telescópio espacial Herschel, da Agência Espacial Europeia.

As protoestrelas foram fotografadas em luz infravermelha pela Wide Field Camera 3 do Hubble. As imagens foram tiradas em 14 de novembro de 2009 e 25 de janeiro, 11 de fevereiro e 11 de agosto de 2010.