Medida vem após ativistas do clima vandalizarem monumentos e sítios culturais em cidades europeias. Antes, as multas impostas por esse tipo de contravenção já podiam chegar a até 15 mil euros.A câmara baixa do Parlamento italiano aprovou nesta quinta-feira (18/01) uma lei que fixa multas de até 60 mil euros (R$ 321,7 mil) contra ativistas do clima que danifiquem monumentos e sítios culturais.

No passado, ambientalistas do Last Generation (“Última Geração”, em tradução livre) vandalizaram monumentos como a Basílica de São Marcos, em Veneza, e a Fontana de Trevi, em Roma. Os danos, contudo, não tinham caráter permanente.

A medida, iniciada pelo Ministério da Cultura na esteira de uma série de protestos de ativistas do clima, já havia sido aprovada pelo Senado antes e, portanto, entrará em vigor imediatamente.

Até então, as multas impostas por esse tipo de contravenção podiam chegar a até 15 mil euros (R$ 80,4 mil).

Os recursos arrecadados com as multas poderão ser usados para limpeza e reparo de monumentos danificados.

Governo italiano adota linha dura

A Itália é regida desde outubro de 2022 por uma coalizão de três partidos de direita.

A legislação aprovada nesta quinta-feira é o exemplo mais recente da linha dura seguida pela primeira-ministra Georgia Meloni, cujo governo emplacou ainda medidas contra contraventores menores de idade, imigrantes ilegais e organizadores de raves.

Ativistas do clima, que têm em diversos países apelado aos seus governos para que abandonem os combustíveis fósseis e tomem ações drásticas contra o aquecimento global, protagonizaram ações similares em outras cidades europeias, como uma que manchou de tinta laranja o portão de Brandemburgo em Berlim.

ra (Reuters, dpa)