Ordem judicial determina que governo Trump pare batidas indiscriminadas contra imigrantes em sete condados do estado no oeste dos EUA.A Justiça ordenou nesta sexta-feira (11/07) que o governo de Donald Trump pare batidas indiscriminadas de agentes de imigração em sete condados no sul da Califórnia, incluindo Los Angeles, nas quais pessoas são presas com base no perfil racial, como a cor da pele ou o idioma que falam.

A juíza Maame Frimpong também emitiu uma ordem em separado proibindo o governo federal de restringir o acesso de advogados em um centro de detenção de imigrantes em Los Angeles.

A decisão segue uma ação movida na semana passada em um tribunal distrital da Califórnia por pessoas afetadas pelas batidas e organizações de direitos humanos, que alegam que várias violações constitucionais e de perfil racial foram cometidas nas batidas contra imigrantes.

O Departamento de Segurança Interna (DHS) nega as alegações e afirma que elas são “repugnantes e categoricamente falsas”.

Proibição de prisões “sem suspeita razoável”

A União Americana pelas Liberdades Civis do Sul da Califórnia (ACLU SoCal), um dos grupos que representam os autores da ação, disse em comunicado que a ordem da juíza “proíbe os agentes de imigração de deter indivíduos sem suspeita razoável”.

Ela também proíbe detenções baseadas em fatores como raça ou etnia; falar espanhol ou inglês com sotaque; tipo de emprego; e presença em determinados locais, como estações de ônibus, lava-jatos ou fazendas.

Em ordem emitida separadamente, a magistrada “orienta o DHS a fornecer acesso a um advogado em dias úteis, finais de semana e feriados para as pessoas detidas no B-18, o prédio federal no centro de Los Angeles”.

As batidas contra imigrantes na área metropolitana de Los Angeles começaram há um mês e geraram forte rejeição social e até mesmo fortes confrontos com os agentes, o que transformou a Califórnia em um símbolo de resistência contra o governo Trump. Dezenas de milhares de pessoas
participaram de manifestações na região por causa das batidas e do envio subsequente da Guarda Nacional e dos fuzileiros navais.

md (EFE, AP)