Zelenski relatou aos seus parceiros europeus sobre seu encontro com Trump. O ucraniano comemorou que Washington não tenha descartado em caráter definitivo enviar Tomahawks a Kiev.O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, informou os líderes europeus, em uma conversa telefônica conjunta, sobre seu encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump, em Washington, na sexta-feira, enquanto os parceiros europeus enfatizavam a urgência de alcançar uma paz justa e duradoura para a Ucrânia, à qual reafirmaram seu apoio.

Zelenski os informou sobre o conteúdo de seu “produtivo e extenso encontro” com Trump, enfatizando ainda que “o mais importante agora é proteger o maior número possível de vidas, garantir a segurança da Ucrânia e fortalecer a todos nós na Europa”. Ele também agradeceu, pelo apoio à Ucrânia, aos parceiros que participaram da conversa: o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer; o chanceler alemão, Friedrich Merz; a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; o presidente finlandês, Alexander Stubb; o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Store; o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; o presidente do Conselho Europeu, António Costa; e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte.

Décimo nono pacote de sanções

Eles garantiram a Zelenski que ampliarão seu apoio para pressionar a Rússia a iniciar negociações sérias, o que inclui o aumento da pressão sancionatória com o 19° pacote da União Europeia e o uso de ativos estatais russos congelados, acrescentou o comunicado.

“Volodimir Zelenski conta com o total apoio da Alemanha e de seus amigos europeus no caminho para a paz. Após seu encontro com o presidente Donald Trump, coordenamos e monitoraremos de perto os próximos passos”, afirmou o chanceler alemão após a conversa. Ele enfatizou que “agora a Ucrânia precisa de um plano de paz”.

Nem sim nem não aos Tomahawks

Zelenski, em entrevista à NBC após a reunião, comemorou o fato de Trump, por enquanto, não ter se recusado a entregar mísseis Tomahawk à Ucrânia, embora também não os tenha aprovado. “É positivo que o presidente Trump não tenha dito ‘não’, mas por hoje, ele também não disse ‘sim'”, declarou. “Nossas equipes ainda estão trabalhando nisso”, disse ele.

“Espero que possamos acabar com a guerra sem pensar nos Tomahawks”, afirmou o próprio Trump durante o encontro com Zelenski. O presidente americano expressou mais uma vez sua confiança em conseguir persuadir o líder do Kremlin, Vladimir Putin, com quem se reunirá para tentar acabar com a guerra.

md (EFE, DPA)