07/04/2025 - 14:21
Um fóssil desenterrado no deserto de Gobi, na Mongólia, apresenta a primeira garra de dinossauro com o revestimento completo. Os paleontólogos acreditam que os restos mortais tenham pertencido a uma espécie desconhecida até então.
O achado mostra uma garra longa de dois dedos, segundo os pesquisadores o animal devia de assemelhar a uma mistura entre “uma preguiça e uma girafa”.
Além da peça inédita, a equipe do Instituto de Paleontologia da Mongólia também encontrou partes fossilizadas da espinha dorsal, quadris, cauda, braços e pernas da criatura.
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“Esta é de longe a maior garra preservada de um dinossauro que tem aquele revestimento queratínico”, evidenciou Darla Zelenitsky, professora associada da Universidade de Calgary e coautora de um estudo sobre a descoberta publicado no “iScience”.
O animal extinto foi nomeado Duonychus tsogtbaatari, em homenagem ao paleontólogo mongol Khishigjav Tsogtbaatar. De acordo com as análises primárias, ele fazia parte de um grupo de dinossauros conhecidos como therizinosaurus, uma parte dos terópodes – esta família inclui o conhecido Tyrannosaurus rex.
Especulações sugerem que ele tinha cerca de 3 metros de altura e pesava aproximadamente 260 quilos. Por ser parte de um grupo herbívoro ou onívoro, suas garras eram usadas como ferramenta para alcançar e consumir a alta vegetação da época.
“Eles não eram predadores, mas podiam se defender com aquelas garras. Eles eram grandes e muito afiados”, completou a pesquisadora.
Apesar das análises da espécie ainda não serem completas, a peça arqueológica é um grande passo para os cientistas e os estudos da fauna extinta. Os próximos passos envolvem dar continuidade à investigação dos fósseis encontrados buscando dados mais profundos sobre o animal.