Um grupo de 215 baleias-piloto morreu após encalhar em uma praia nas remotas Ilhas Chatham, a cerca de 840 quilômetros da Ilha Sul da Nova Zelândia, informaram ambientalistas neste sábado (08/10).

“Esses encalhes em massa são eventos angustiantes, e embora sempre esperemos que as baleias sobreviventes possam ser salvas, isso não era uma opção neste caso”, disse o grupo ambientalista Project Jonah.

Muitas das baleias-piloto foram encontradas mortas, enquanto as que ainda estavam vivas foram sacrificadas por funcionários do Departamento de Conservação da Nova Zelândia. “As baleias sobreviventes foram sacrificadas por uma equipe treinada com o objetivo de evitar mais sofrimento” aos animais, informou por e-mail Brian McDonald, assessor de comunicação do Departamento de Conservação.

Risco de ataque de tubarão

A decisão foi atribuída aos “desafios” e “perigos” de uma operação no local onde os mamíferos foram encontrados, num ponto de difícil acesso no noroeste das Ilhas Chatham, no Oceano Pacífico, onde residem menos de 800 pessoas. “Nós não salvamos ativamente as baleias nas Ilhas Chatham devido ao risco de ataque de tubarão tanto para humanos quanto para as próprias baleias”, explicou McDonald.

Os encalhes de baleias não são incomuns nas Ilhas Chatham, com o maior evento registrado em 1918, quando mais de mil animais morreram encalhados.

No final de setembro, mais de 200 baleias-piloto morreram após encalharem em uma ilha remota na Tasmânia, no sul da Austrália, no mesmo ponto em que outros 370 exemplares perderam a vida dois anos antes.

Esses e outros mamíferos marinhos costumam frequentemente encalhar nas costas do sul da Austrália e da Nova Zelândia sem que especialistas tenham conseguido esclarecer os motivos, embora geralmente os atribuam a doenças, erros de navegação, mudanças bruscas de maré, perseguição de predadores ou condições climáticas extremas.

md (EFE, DPA)