A partir de 2023, o consumidor que comprar roupas da Malwee estará contribuindo mais para o futuro do planeta. Isso porque a marca anunciou em novembro que sua matéria-prima inovadora no mercado de moda fabricada a partir de roupas usadas, o “fio do futuro” – fabricado com 85% de peças usadas que seriam descartadas e 15% de fibra de poliéster reciclado (feito a partir de garrafas PET) – vai passar a ser usado, já em 2023, para produzir peças que farão parte do seu mix de produtos e também da Malwee Kids (ambas marcas do Grupo Malwee).

O “fio do futuro” é resultado de quase dois anos de pesquisa e desenvolvimento. Para conseguir chegar a uma matéria-prima com qualidade suficiente para produzir roupas em escala de varejo, a marca fez um projeto piloto. Em maio, quando ainda estava nessa fase de testagem da viabilidade do “fio do futuro”, a Malwee lançou o movimento Des.a.Fio e criou a primeira peça de roupa fabricada com a matéria-prima: um moletom. À época, a marca recolheu peças sem condições de uso e o montante de roupas foi encaminhado para o Grupo Eurofios (parceiro da Malwee em projetos fabris inovadores e sustentáveis), que fez todo o processo de desfibragem e, junto com a Malwee, criou o “fio do futuro”.

Evolução

Dessa vez, o fio possui 85% de peças usadas que seriam descartadas e 15% de fibra de poliéster reciclado (feito a partir de garrafas PET) em sua composição, o que mostra uma evolução em relação ao projeto piloto (onde a composição do fio era de 70% de peças usadas e 30% de fibra complementar). Essa malha também foi lavada num processo que utiliza o Tubingal Rise, um amaciante inovador produzido pela CHT, primeiro amaciante têxtil à base de silicone reciclado pós-consumo, feito de plástico retirado do meio ambiente como capinhas de celulares. O Grupo Eurofios segue sendo o principal parceiro tecnológico do projeto e da Cruz Vermelha na coleta e triagem das peças.

“A Malwee dá mais um passo em direção à moda circular e está anunciando um marco histórico no nosso mercado. É a primeira vez que uma roupa nova é produzida a partir de uma roupa usada, na origem do processo. Na prática, significa que o ciclo de economia circular da nossa indústria têxtil está completo. A questão da reciclagem de roupas é um tema que se impõe na nossa sociedade, e a Malwee está pautando essa discussão, convidando o consumidor e o nosso mercado a se engajar na transformação da indústria para uma moda mais consciente, durável e, claro, sustentável, para o bem do nosso futuro”, afirma Gregório Reis, diretor criativo do Grupo Malwee.