Nascido em 17 de agosto de 1955, o inglês Matthew Manning começou a demonstrar faculdades paranormais extraordinárias com 13 anos de idade. À sua presença, objetos da casa da família em Cambridge sumiam de armários e de salas fechadas, reaparecendo em outros locais; os móveis também mudavam de lugar, e às vezes levitavam – fenômeno que perturbou as autoridades escolares porque, no dormitório em que Matthew e outros 23 colegas estavam alojados, as camas mudavam de posição.

Outro fenômeno curioso provocado por ele na adolescência relacionava-se ao aparecimento de palavras e nomes nas paredes de sua casa. Seu pai, aborrecido com o fato de as paredes estarem sempre pintadas, pediu ao autor das mensagens que não continuasse a sujar suas paredes. A resposta veio rápida: “As paredes não são suas. Esta casa é minha e faço o que bem quiser”. Era assinada por um tal Webbe. Quinze minutos depois, outros nomes surgiram sobre a mesma parede.

Matthew Manning decidiu então averiguar se alguém chamado Webbe havia morado na vizinhança, e nos arquivos da paróquia encontrou tal nome. O ano que o acompanhava era 1773. Dentro de alguns dias, mais 600 nomes apareceram nas paredes da casa, muitos dos quais de antigos moradores dos arredores.

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O jovem sabia ser o foco dessas ocorrências, mas desconhecia como controlá-las nos momentos em que se tornavam demasiadamente perturbadoras. Um dia, contudo, sentiu-se impelido a escrever. Mal segurou o lápis e este começou a correr pelo papel. Com o tempo, Manning descobriu que, todas as vezes que os fenômenos se tornavam exagerados, ele podia recorrer à escrita automática para acalmá-los.

Experiências

Em seguida, o rapaz começou a desenhar e a pintar com muita rapidez. Aos poucos, ele controlou a velocidade de suas mãos e tornou-se capaz de produzir desenhos de excelente qualidade, alguns dos quais assinados por pintores famosos, como Picasso.

Com o tempo, os dons de Manning chegaram ao conhecimento de cientistas, alguns dos quais fizeram diversas experiências com ele. Num teste de movimento rápido dos olhos (REM, na sigla em inglês), o rapaz, plenamente acordado, registrou movimentos que só 30são obtidos quando se está em sono profundo. Ele foi submetido ainda a muitos outros testes, mas, cansado deles, resolveu dedicar-se apenas às curas, a escrever e a fazer conferências.

Segundo Manning, não é ele quem cura: “Penso que os doentes se curam a si mesmos. Os médicos podem ajudar, mas a cura é processada pela própria pessoa.” Nessa área, ele se interessa, em especial, pelas crianças autistas, que sofrem de um alheamento semelhante à dissociação psicológica do transe.