Pesquisa de 2024 traça percepção global de 89 países, com Alemanha na 7ª e Brasil na 30ª posição. Enquanto um lidera na categoria “empreendedorismo”, o outro foi apontado como favorito no quesito “aventura”.Em um mundo cada vez mais globalizado, rankings que classificam países segundo critérios como qualidade de vida, influência cultural e ambiente empresarial têm atraído o interesse de investidores e cidadãos comuns. A lista do site americano U.S. News & World Report, que em 2024 chegou à sua nona edição, mostra a percepção global de 89 nações.

O ranking foi elaborado em parceria com a Wharton School da Universidade da Pensilvânia, e ouviu quase 17 mil pessoas, classificando os países de acordo com dez categorias.

Em um comunicado citado pelo site Business Insider, David Reibstein, professor de marketing de Wharton, destacou que o ranking não é só uma questão de popularidade e reflete como a percepção internacional de um país influencia a economia através do comércio, do turismo e da atração de investimento estrangeiro, alavancando o PIB.

Os 10 melhores países do mundo, segundo o ranking

Suíça
Japão
Estados Unidos
Canadá
Austrália
Suécia
Alemanha
Reino Unido
Nova Zelândia
Dinamarca

O favoritismo da Suíça

A Suíça manteve a liderança no ranking pelo terceiro ano consecutivo e pela sétima vez em nove anos. O país alpino se destaca pela estabilidade e alta qualidade de vida.

Segundo o U.S. News, o sistema empresarial eficiente e o ambiente aberto a negócios atraem investidores, ao passo que a alta qualidade de vida – com um bom mercado de trabalho, uma economia estável, segurança e bons sistemas públicos de educação e saúde – apela aos que buscam uma vida tranquila.

O Japão foi da sexta à segunda colocação em 2024, puxado pelo forte espírito empresarial, com altos níveis de educação, inovação e infraestrutura bem desenvolvida. Considerado uma nação moderna, o país asiático também tem entre seus atrativos uma rica história e cultura, uma economia poderosa e boa reputação no que diz respeito à corrupção e à burocracia.

Já os EUA foram lembrados pelo ambiente favorável aos negócios, mas também por seu dinamismo e influência política e econômica no cenário global. O país também pontuou bem no critério influência cultural.

O Canadá, por sua vez, se destacou em critérios éticos, como o compromisso com o meio ambiente, a justiça social e os direitos humanos, bem como o respeito à liberdade religiosa. Outro fator que pesou na boa avaliação do país é o bom mercado de trabalho e a estabilidade política e econômica, a segurança e os sistemas públicos de educação e saúde.

Países europeus lideram em qualidade de vida

Um bom mercado de trabalho, uma economia estável com bons níveis de igualdade salarial entre a população, estabilidade política e econômica, segurança e bons serviços públicos de educação e saúde fazem os países europeus liderarem no quesito qualidade de vida – com algumas poucas exceções.

Aqui, a dianteira fica com a Dinamarca, seguida de Suécia, Suíça e Noruega. Completam a lista Canadá, único país não europeu no top 10 ao lado de Austrália (8º) e Nova Zelândia (10º), Finlândia (6º), Alemanha (7º) e Holanda (9º).

A Alemanha foi percebida pelos entrevistados como um país com boas condições para se empreender, com uma força de trabalho qualificada e uma infraestrutura bem desenvolvida. Foi também considerado um país moderno, progressivo e influente internacionalmente, sendo ainda lembrado como um excelente destino para os estudos, perdendo neste quesito apenas para os Estados Unidos e o Reino Unido, países de língua inglesa.

Brasil lidera no quesito “aventura”

Já o Brasil, por exemplo, surge na 30ª posição do ranking geral, mas lidera no quesito “aventura”, sendo um lugar ideal para, nas palavras do site americano, romper com o ritmo normal da vida cotidiana, reduzir o estresse, divertir-se e viajar. O país foi considerado “sexy”, divertido, amigável, feliz e culturalmente relevante em termos de entretenimento, deixando para trás países queridinhos dos turistas como Itália, Grécia e Espanha.

Mas o Brasil foi menos lembrado nas categorias “aberto a negócios” e “empreendedorismo”. Embora o país tenha uma boa reputação de não ser burocrático, pontuou mal quando o assunto é infraestrutura, qualificação da mão de obra, segurança e serviços públicos.

Flutuações no ranking

As flutuações nas posições de alguns países mostram como os acontecimentos mundiais fazem as percepções mudarem rapidamente. A China, segunda maior economia do mundo, galgou quatro posições e ficou em 16º lugar. Já a Ucrânia perdeu 12 posições desde a invasão russa e caiu para o 80º lugar.

Para os países com potencial de crescimento, os Emirados Árabes Unidos despontam no primeiro lugar e na 17ª posição no ranking global, reflexo do bom desempenho de sua economia.

ra (ots)