Em telefonema, chanceler federal alemão diz a premiê israelense que ajuda à população do território palestino é urgente. Críticas a Israel na UE são cada vez mais fortes.Numa conversa telefônica com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, neste domingo (1º/06), o chanceler federal alemão, Friedrich Merz, expressou a necessidade urgente de mais ingresso de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, bem como da distribuição segura dessa ajuda à população.

De acordo com o governo alemão, Merz também expressou a Netanyahu sua esperança de um acordo rápido sobre a libertação dos reféns mantidos pela organização radical palestina Hamas e um cessar-fogo.

Ao mesmo tempo, Merz enfatizou que a segurança e o direito à existência de Israel são parte da razão de Estado da Alemanha. Ele condenou o terrorismo do Hamas, que governa a Faixa de Gaza, e disse que o grupo deve libertar todos os reféns sequestrados de Israel e depor armas.

O chanceler alemão enfatizou que seu governo continua a considerar uma solução negociada de dois Estados como a melhor oportunidade para israelenses e palestinos conviverem pacificamente.

UE eleva tom com Israel

Merz endureceu o tom do governo alemão em relação a Israel nas últimas semanas. A demanda do chanceler federal alemão vem num momento de crescentes críticas internacionais às ações de Israel na Faixa de Gaza. Segundo as Nações Unidas, toda a população da densamente povoada faixa costeira está ameaçada pela fome.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, considerou na quarta-feira passada, em entrevista exclusiva à TV Globo, que “a autoridade moral de Israel está a desaparecer, porque o que justificou a sua legítima defesa já não está mais justificado”.

É “simplesmente um ataque massivo a populações civis indefesas sem nenhuma justificativa”, afirmou. Também a alta representante da União Europeia (UE) para as Relações Exteriores e a Política de Segurançal, Kaja Kallas, afirmou na semana passada que a situação humanitária em Gaza é intolerável, acusando Israel de ataques contra civis que “vão para além do que é necessário”.

as (Efe, AFP, Lusa)