24/06/2025 - 16:22
Em 2024, 26% das crianças viviam com dois ou mais irmãos; 30% eram filhos únicos. Entre imigrantes ou filhos de imigrantes, incidência de famílias numerosas é quase o dobro em relação a núcleos sem raízes no exteriorA proporção de crianças na Alemanha que vivem em famílias numerosas voltou a aumentar na última década, principalmente graças aos imigrantes que chegaram ao país desde 2015, informou o Escritório Federal de Estatísticas (Destatis).
Esse índice havia caído de 25% em 1996 para 23% em 2015, mas voltou a subir e chegou a 26% em 2024.
O ano de 2015 marcou o início do que ficou conhecido como a crise dos refugiados, quando centenas de milhares de imigrantes chegaram à Europa fugindo de conflitos no Oriente Médio, especialmente na Síria.
Na Alemanha, a definição do Destatis de família numerosa se aplica a lares com três ou mais crianças que vivem debaixo do mesmo teto. Irmãos que vivam em outro endereço não são considerados.
Entre imigrantes ou filhos de imigrantes, a incidência de famílias numerosas é praticamente o dobro daquelas sem raízes imigrantes: no primeiro grupo, esse índice é de 18,5%; nas demais famílias, de 9,5%.
Isso quer dizer que, de cada dez famílias formadas por imigrantes ou seus descendentes, praticamente duas têm três ou mais filhos. Nas demais famílias, esse é o caso de uma em cada dez.
Na Alemanha, as famílias são pequenas
Em 2024, 8% das crianças viviam com três ou mais irmãos, enquanto 18% viviam com dois. A maioria (44%) vivia com um irmão, e 30% eram filhos únicos.
A incidência de famílias numerosas é ligeiramente maior nos estados da antiga Alemanha Ocidental: 13% contra 11% na antiga Alemanha Oriental.
Os dados são do microcenso anual, baseados em entrevistas com 1% da população.
Segundo os dados mais recentes do Destatis, de 2023, 18,8% da população alemã tinha menos de 20 anos, contra 29,8% acima dos 60. No Brasil, segundo o Censo 2022, brasileiros com 60 anos ou mais eram 15,8% da população.
ra (ots)