Um estudo publicado na revista “Nature” na quarta-feira, 13 de novembro, apontou que três galáxias de 12,8 bilhões de anos conhecidas como “Monstros Vermelhos” foram capazes de formar suas estrelas mais rápido do que o esperado nos primeiros milhões de anos após o Big Bang, algo que muda o entendimento da astronomia sobre como tais corpos celestes surgiram pela primeira vez.

As galáxias foram identificadas pelo JWST (Telescópio Espacial James Webb), da Nasa, agência espacial americana, por meio da câmera NIRCam (Near Infrared Camera) instalada no aparelho para encontrar e produzir visualizações de galáxias como parte do programa de observação Fresco. As informações são do “The New York Post” e do “Live Science”.

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De acordo com a pesquisa, a idade das galáxias indica que as estrelas dentro delas se formaram em um ritmo tão rápido que desafia o atual modelo de surgimento de tais corpos celestes.

“Muitos processos na evolução das galáxias chegam a uma etapa que limita a eficiência com que gás pode se converter em estrelas, mas, de alguma forma, esses ‘Monstros Vermelhos’ parecem ter evadido esses obstáculos”, apontou o professor de astronomia Stijn Wuyts, da Universidade de Bath, no Reino Unido.

A visão convencional da astronomia é de que galáxias se formam a partir de pontos de matéria escura cuja gravidade puxa poeira e gás que são comprimidos possibilitando o surgimento de estrelas.

O processo é visto como ineficiente, com apenas de 20% do gás se tornando de fato uma estrela, algo que torna o processo de formação das galáxias algo demorado. Entretanto, a existência das “Monstros Vermelhos” aponta que 80% de seus gases culminaram em tais astros.

“Os resultados indicam que galáxias do universo primitivo poderiam formar estrelas com uma eficiência inesperada”, explicou Mengyuan Xiao, autora da pesquisa.