Ele se tornou o rosto mais marcante do Jornal Nacional, da Rede Globo, e do telejornalismo do país. Locutor estava internado com pneumonia.Morreu nesta quinta-feira (03/10), aos 97 anos, o jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira.

Ele se tornou o rosto mais marcante do Jornal Nacional, da Rede Globo, e da televisão brasileira, ao ser o primeiro a comandar a bancada do noticiário que por anos foi líder absoluto de audiência.

Ele estava internado há algumas semanas para tratar uma pneumonia no Hospital Santa Tereza, em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, não resistiu e faleceu por insuficiência renal crônica por volta das 8h.

Cid Moreira, que completou 97 anos no domingo, apresentou o Jornal Nacional por mais de 25 anos, liderando aproximadamente 8 mil edições do telejornal. Dono de uma voz grave, a partir do início dos anos 1990 dedicou-se também a gravar salmos bíblicos e a íntegra da Bíblia em 2011, ambos com grande sucesso.

O apresentador mais icônico da televisão brasileira nasceu em Taubaté, no Vale do Paraíba (SP) em 1927. Começou a carreira no rádio, aos 17 anos, em 1944, na Rádio Difusora da cidade. Quando se mudou para São Paulo trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.

Rádio, comerciais, Fantástico

No Rio de Janeiro, em 1951, foi locutor da Rádio Mayrink Veiga, época na qual começou a gravar comerciais ao vivo em programas da TV Rio. Foi em 1963 sua estreia oficial como locutor de notícias à frente do Jornal de Vanguarda, da TV Rio.

Em seguida, passou por emissoras como a Tupi, Excelsior, Continental e Globo, onde e, 1969 passou a ser por décadas a cara e a voz do telejornalismo do canal.

Foi em setembro de 1969 a primeira transmissão do Jornal Nacional com Cid Moreira, ao lado de Hilton Gomes. Logo depois, ganhou a companhia de Sérgio Chapelin na bancada. No total, foram 26 anos como o principal apresentador do telejornal.

Ele também fez vários projetos paralelos além do jornalismo e das leituras de textos religiosos. Atuou no Fantástico, ficou famoso com o quadro do ilusionista Mr. M, o “senhor de todos os sacrilégios”, que desvendava os artifícios utilizados pelos mágicos em seus truques.

Sua biografia foi lançada em 2010, sob título Boa noite – Cid Moreira, a grande voz da comunicação do Brasil, escrita por sua esposa, Fátima Sampaio Moreira.

Autoridades renderam homenagens ao locutor nas redes sociais.

O governador do Pará, Helder Barbalho, emitiu uma nota lamentando a morte do apresentador. “O Brasil se despede hoje do jornalista Cid Moreira. Sua voz inconfundível e seu legado na comunicação brasileira serão eternos. Descanse em paz. Meus sentimentos aos familiares e amigos!”, postou.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também publicou uma mensagem em homenagem a Cid Moreira, afirmando que ele foi “uma das personalidades mais emblemáticas da história” do jornalismo e da televisão brasileira.

md (Agência Brasil, EFE)