Uma mosca gigante atraiu a atenção de um morador do bairro Guaraú, em Peruíbe, no litoral de São Paulo, e o levou a solicitar a biólogos da cidade que analisassem o que ele havia encontrado. Tratava-se de uma mosca-da-madeira (Rhaphiorhynchus pictus) já morta. Essa espécie pode ser encontrada em várias partes do Brasil, mas é considerada rara naquela região paulista. Atingindo quase seis centímetros de comprimento, ela é uma das maiores moscas do mundo.

A mosca-da-madeira adulta vive pouco tempo – apenas o necessário para se reproduzir. Ela nem chega a se alimentar nessa fase. É exatamente o curto tempo de vida que torna sua presença rara. Já suas larvas duram um pouco mais; vivem em troncos de árvores, alimentando-se ali de tecidos vivos e mortos das plantas.

“Fomos acionados porque trabalhamos com pesquisas aqui na região”, declarou o biólogo Edson Ventura ao portal G1. “Muitas pessoas aqui no bairro do Guaraú nos chamam quando aparece algum bicho diferente.”

O corpo do inseto encontrado em Peruíbe foi levado para o Instituto Biológico em São Paulo. Ali, o biólogo Francisco Zorzenon, especializado em entomologia (ciência que estuda as características físicas, comportamentais e reprodutivas dos insetos), será o encarregado de identificar em definitivo sua espécie e catalogá-lo.