Maior exportador de petróleo do mundo, a Arábia Saudita parece ter enfim concluído que sua economia não pode depender eternamente desse combustível fóssil. (Até recentemente, o petróleo representava 90% da receita do reino, mas a queda do preço do barril levou o país a um inédito déficit de US$ 100 bilhões em 2015.) O rei Salman bin Abdulaziz anunciou em abril o apoio do seu gabinete ao plano Saudi Vision 2030, que inclui medidas como diversificação, privatização de partes de empresas estatais, aumentos de impostos, cortes em despesas e subsídios e a criação de um fundo soberano de US$ 2 trilhões. A população saudita, habituada a ter água, petróleo e energia a preços subsidiados, certamente vai reclamar quando esses itens começarem a pesar mais no orçamento.