A Nasa presta homenagem e se despede do Telescópio Espacial Spitzer, um dos Grandes Observatórios da agência espacial americana. Esse programa abrange quatro observatórios orbitais, cada um examinando o universo em um comprimento diferente de onda – luz visível (Hubble), raios gama (Compton), raios X (Chandra) e infravermelho (Spitzer).

O Spitzer foi lançado em 25 de agosto de 2003, com uma missão inicial de 2,5 anos, mas continuou em funcionamento depois disso e, pela programação da Nasa, deve ser aposentado em 30 de janeiro deste ano. Seu nome homenageia o astrônomo Lyman Spitzer, que já promovia o conceito de telescópios espaciais ainda na década de 1940.

Uma das grandes descobertas do Spitzer foi a da estrela TRAPPIST-1, uma anã ultrafria que tem sete planetas do tamanho da Terra em órbita. O Spitzer, o telescópio terrestre TRAPPIST (TRAnsiting Planets and PlanetesImals Small Telescope) e outros observatórios terrestres fizeram juntos a descoberta, anunciada em fevereiro de 2017. O sistema foi nomeado com referência ao telescópio TRAPPIST.

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A descoberta estabeleceu um novo recorde para o maior número de planetas da zona habitável encontrados em torno de uma única estrela fora do Sistema Solar. Todos esses sete planetas poderiam ter água líquida – chave para a vida como a conhecemos – sob as condições atmosféricas corretas. Mas as chances são maiores para os três que se encontram na zona habitável.