20/08/2020 - 8:55
Assim como os carros elétricos estão se tornando cada vez mais comuns no mundo, engenheiros aeroespaciais estão buscando tornar o transporte aéreo elétrico uma realidade. De sua parte, a Nasa está desenvolvendo seu primeiro avião do gênero tripulado em mais de 20 anos. A imagem acima se refere a isso: ela foi gerada a partir de uma simulação de supercomputador do avião experimental elétrico X-57 Maxwell.
Em comparação com aeronaves convencionais, a equipe do X-57 estabeleceu uma meta de usar cinco vezes menos energia e, se alimentada por eletricidade gerada a partir de fontes renováveis , produzir emissões zero de carbono a bordo.
O sistema de propulsão exclusivo do X-57, em sua configuração final, possui 14 motores elétricos alimentados por bateria e hélices. Doze deles fornecem sustentação durante a decolagem e pouso; os outros, um na ponta de cada asa, fornecem impulso para a frente durante o voo. A fim de compreender os efeitos aerodinâmicos desse projeto, uma equipe de engenheiros de três centros da Nasa (Ames Research Center e Armstrong Flight Research Center, na Califórnia; e Langley Research Center, na Virgínia) está usando supercomputadores para simular as condições de voo do X-57.
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Testes de cenários
O momento simulado na imagem reproduzida acima é da fase de cruzeiro do voo, em que a pressão é mostrada na superfície da aeronave. Nesse caso, marrom corresponde a alta pressão, e azul-escuro, a baixa pressão. A velocidade do fluxo, ou a velocidade e direção do ar fluindo em direção à aeronave, perto do propulsor do aparelho mais à direita, também está representada no canto superior esquerdo da imagem. O vermelho está associado a uma velocidade alta; o verde e o azul, a velocidades mais baixas.
Tais simulações ajudam a equipe a analisar a estabilidade da aeronave e sua capacidade de permanecer em voo e mudar de direção. Elas também permitirão que os pesquisadores criem um modelo de computador preciso de desempenho aerodinâmico para incorporar ao simulador de voo do X-57.
Ao prever com precisão os impactos do sistema de propulsão do X-57, o modelo aerodinâmico garante que seu simulador de voo funcione de maneira consistente com o voo real e permite que os pilotos testem cenários de emergência e medidas de recuperação seguras. Executadas no supercomputador Pleiades nas instalações de Supercomputação Avançada da Nasa no Ames Research Center, as simulações estão ajudando a dar o próximo passo em direção a uma maneira mais limpa de voar.