07/07/2021 - 9:34
O calor não está aliviando nem mesmo o Bom Velhinho. A Lapônia, no norte da Finlândia, conhecida como a Terra do Papai Noel, registrou na última segunda-feira (5/7) 33,6°C de temperatura, a maior marca desde 1914 e mais que o dobro da média histórica para o mês de julho (16°C). As autoridades finlandesas alertaram a população sobre os riscos do calor intenso para a saúde, além da possibilidade de incêndios florestais por causa do solo mais seco. BBC Brasil, Guardian e Washington Post deram mais detalhes.
Como a Bloomberg observou, a situação no norte da Europa causa preocupação. Nos países escandinavos e na Rússia, as temperaturas nas primeiras semanas do verão têm sido mais altas que a média histórica. No leste da Rússia, focos de incêndio foram registrados nos últimos dias. Eles servem de alerta às autoridades do país para a possibilidade de incêndios massivos similares àqueles registrados no verão passado na Sibéria.
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América do Norte e Havaí
O calor também segue bem acima do normal na América do Norte. No estado norte-americano do Oregon, as temperaturas altas já causaram a morte de 107 pessoas, número dez vezes maior que o total de óbitos por hipertermia registrado nos últimos três anos. Muitos dos que morreram foram encontrados sozinhos, sem ar-condicionado ou ventilador, expostos ao calor ou ao sol forte. CNN e USA Today repercutiram esse número. A situação deve continuar preocupante nos próximos dias. Segundo a Bloomberg, a temperatura máxima pode se manter na casa dos 40°C no oeste dos EUA. O Wall Street Journal mostrou o drama dos hospitais da região: depois de meses de tensão por causa da pandemia, médicos e enfermeiros correm contra o tempo agora para salvar as vítimas do calor.
Nem mesmo o Havaí, no meio do Pacífico, escapa do roteiro visto no oeste norte-americano. O NY Times destacou os incêndios que vêm consumindo áreas verdes em Maui e na Ilha Grande do Havaí. O combate ao fogo é mais complicado por causa da variação de terreno e dificuldades de acesso em áreas mais altas. Mais de 60% do solo havaiano está em situação anormalmente seca, segundo autoridades locais.