O francês Alain Aspect, o americano John Clauster e o austríaco Anton Zellinger ganharam o Prêmio Nobel de Física deste ano. De acordo com o anúncio feito pelos organizadores da premiação nesta terça-feira (04/10), os pesquisadores foram agraciados por estudos pioneiros de mecânica quântica, um campo que tem aplicações práticas significativas, por exemplo, na criptografia.

O trio foi premiado por “seus experimentos com fótons emaranhados”, afirmou o júri, acrescentando que o estudo lançou as bases para a ciência da informação quântica. De acordo com o júri, as pesquisas do trio abalaram os fundamentos de como medições eram interpretadas.

Os estudos podem ser aplicados em áreas totalmente novas para computadores, indo de criptografia aprofundada à capacidade de processamento de quantidades massivas de dados, mais do que qualquer computador moderno.

O trabalho dos três cientistas, que pesquisam separadamente o assunto, avançou teorias que foram consideradas por físicos como Albert Einstein por décadas.

No ano passado, o Nobel de Física foi para pesquisadores do Japão e da Alemanha que desenvolveram um sistema de modelagem que possibilitou uma previsão confiável do aquecimento global, e para um pesquisador da Itália por sua análise de interação de sistemas físicos. Em 2020, uma pesquisa sobre buracos negros foi destacada com o prêmio.

O Prêmio Nobel é entregue em Estocolmo por desejo do inventor sueco Alfred Nobel, morto em 1895. O criador da honraria também exigiu que o prêmio tivesse um montante em dinheiro além da medalha de ouro. Na cerimônia de entrega do prêmio, geralmente realizada no dia 10 de dezembro (aniversário da morte de Alfred Nobel), o vencedor recebe 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de R$ 4,8 milhões.

O Nobel de Física foi o segundo a ser entregue este ano. Durante a semana, o Comitê vai tornar conhecidos os vencedores da homenagem nas categorias Química, Literatura, Paz e Economia.