01/03/2011 - 0:00
Portal para a educação sobre o aquecimento global
A Unesco está preparando um portal na internet dedicado à educação sobre o aquecimento global (CCE, na sigla em inglês). Disponível em inglês, francês e espanhol, o site CCE Clearinghouse, elaborado para servir de apoio a profissionais da educação, a ministros, à comunidade científica e a outros parceiros, foi desenvolvido dentro da estrutura da Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, que vai de 2005 a 2014.
Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, a mudança climática é o tema determinante do nosso tempo e diz respeito a todos, em qualquer lugar. Ter sucesso ao enfrentar os desafios ambientais, econômicos e sociais representados pela mudança climática exigirá uma conscientização mais ampliada em todos os níveis da sociedade, que depende de uma CCE efetiva – uma das chaves para amenizar a mudança climática e lidar com as mudanças de temperatura que já se observam.
O site pretende promover e facilitar a educação sobre a mudança climática, municiando professores e instrutores com recursos para elaborar e implantar cursos sobre o tema e manterse em dia sobre as tendências e os desafios nessa área. Ele oferece materiais pedagógicos – cursos, roteiros de lições, atividades e recursos audiovisuais –, atualizados regularmente, que cobrem a ciência por trás do aquecimento global e as estratégias para adaptar-se a ele e reduzir o impacto da mudança climática.
Os visitantes do site também encontrarão links para vários documentos de pesquisa relacionados à CCE, estudos de casos e publicações acadêmicas. Além disso, o site apresenta um calendário de eventos de CCE, uma lista de núcleos de pesquisa da área e uma lista de agências e organizações dedicadas a expandir e a aprimorar a educação sobre a mudança climática.
Outras informações: http://www.unesco.org/new/en/education/ themes/education-building-blocks/tvet/single-view/news/launch_ of_climate_change_education_web_portal/
A química é a estrela em 2011
O Ano Internacional da Química 2011 (IYC 2011, na sigla em inglês) foi lançado oficialmente na sede da Unesco em Paris, no fim de janeiro, com uma agenda que incluiu um seminário internacional, uma exibição e outros eventos culturais e sociais relacionados ao tema. O IYC 2011 é uma celebração internacional das realizações da química e de suas contribuições para o bem-estar da humanidade. Sob o tema unificado Química – Nossa Vida, Nosso Futuro, ele oferecerá um leque de atividades educativas, interativas e de entretenimento para todas as idades. O Ano da Química pretende ter alcance global, com oportunidades para a participação do público em nível local, regional e nacional.
As metas do IYC 2011 são aumentar o reconhecimento público do esforço da química para resolver as necessidades globais, encorajar o interesse na química entre os jovens e gerar entusiasmo para o futuro criativo da química. Os eventos realizados ao longo deste período enfatizarão que a química é uma ciência criativa essencial para a sustentabilidade e o aprimoramento de nosso modo de vida. Diversas atividades, tais como aulas, exibições e experimentos interativos, explorarão como a pesquisa química é essencial para resolver os mais complicados problemas globais que envolvem temas como alimentos, saúde, energia e transporte.
O IYC 2011 é uma iniciativa da União Internacional de Química Pura e Aplicada (Iupac) e da Unesco. Envolve sociedades, academias e instituições de química de todo o mundo.
Mais informações: http://www.chemistry2011.org
Falta de engenheiros ameaça o desenvolvimento
Mais do que nunca, o mundo precisa de soluções criativas de engenharia para seus maiores desafios, da pobreza à mudança climática, mas muitos países estão observando um declínio no número de matrículas nesse curso superior, especialmente entre as mulheres. Essa queda brusca põe em perigo a capacidade de engenharia futura, sobretudo em países em desenvolvimento, onde a fuga de cérebros é um problema adicional, assinala o primeiro relatório anual da Unesco sobre essa profissão.
Engenharia: Resultados, Desafios e Oportunidades para o Desenvolvimento aborda a crescente demanda pelos talentos de um engenheiro. Estima-se, por exemplo, que 2,5 milhões de novos engenheiros e técnicos serão necessários apenas na África Subsaariana para essa região alcançar a Meta do Milênio da ONU de melhor acesso a saneamento e água tratada. Enquanto isso, especialistas preveem que o mercado global para soluções destinadas à mudança climática, tais como produtos de baixo carbono e sistema de energia renovável, rapidamente alcançará US$ 1 trilhão e continuará a subir.
Há uma notável falta de engenheiros em vários países. A Alemanha informa uma escassez séria na maioria dos ramos da engenharia e, na Dinamarca, um estudo revelou que, por volta de 2020, o mercado de trabalho terá necessidade de mais 14 mil engenheiros. Embora a população de alunos dessa área esteja se multiplicando, as porcentagens estão caindo na comparação com outras disciplinas. No Japão, na Holanda, na Noruega e na Coreia do Sul, por exemplo, o número de matrículas tem caído de 5% a 10% desde o fim dos anos 1990.
Esforços para aumentar a participação feminina na engenharia em diversos países fizeram as matrículas de mulheres subir fortemente nos anos 1980 e 1990, de um percentual entre 10% e 15% para 20% ou mais; desde o ano 2000, porém, esses números voltaram a cair. Em alguns países, a porcentagem de mulheres em engenharia está abaixo de 10%; em outros, ela cai a zero.
O relatório faz sugestões para estimular o interesse na engenharia, sobretudo a adoção de um curso prático, baseado na solução de problemas, para refletir a natureza de solução de problemas da engenharia. O relatório também enfatiza a necessidade urgente de melhores indicadores e estatísticas em engenharia. Não é possível atualmente, por exemplo, comparar os números ou tipos de engenheiros per capita ao redor do mundo porque tais dados em nível internacional agregam cientistas e engenheiros.
Mais genericamente, o relatório assinala a necessidade ampla de um melhor nível de compreensão política e pública da engenharia e de como ela afeta o desenvolvimento, além de sublinhar a importância de investir em infraestrutura e inovação em períodos de retração econômica.
Relatório em pdf (em inglês) no endereço http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001897/189753e.pdf
Biblioteca Digital Mundial supera 13 milhões de acessos
Cerca de 13,2 milhões de pessoas ao redor do mundo já visitaram a Biblioteca Digital Mundial (WDL) desde que ela foi lançada pela Unesco e pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, em abril de 2009. O número de manuscritos, mapas, livros, filmes, fotografias e outros itens fornecidos por instituições de diversas nações à coleção da biblioteca virtual cresceu de 25 para 118 em 65 países. A WDL trabalha com esses parceiros para digitalizar materiais e torná-los acessíveis.
A biblioteca disponibiliza na internet, gratuitamente e em formato multilíngue (árabe, chinês, inglês, francês, português, russo e espanhol), importantes fontes provenientes de países e culturas de todo o mundo. Seus itens podem ser facilmente pesquisados por lugar, período, tema, tipo de item e instituição contribuinte ou podem ser localizados por uma pesquisa aberta. Características especiais incluem agrupamentos geográficos interativos, cronologia, sistema avançado de visualização de imagens, além de capacidades interpretativas. Descrições e entrevistas com curadores sobre os itens apresentados fornecem informações adicionais.
Muitos outros idiomas estão representados nos livros, manuscritos, mapas e fotografias reais e em outros materiais essenciais, que são fornecidos em seus idiomas originais.
Endereço do site: http://www.wdl.org/en/
