12/08/2014 - 14:51
Régua na mão
Os brasileiros estão comendo mais peixes e esse consumo é benéfico para a saúde. Mas é preciso estar atento à lei dos crimes ambientais (Lei 9.605, de 1998) que define o tamanho mínimo dos pescados, para evitar a captura de filhotes e assegurar a reprodução dos estoques. Veja, abaixo, o tamanho permitido para a venda das espécies mais consumidas no Brasil. A campeã do consumo, a sardinha, já corre sério risco de extinção. O comprimento é medido da extremidade da cabeça à extremidade da nadadeira caudal. Não compre peixes menores do que as medidas indicadas.
Chile rejeita hidrelétrica
O governo chileno desistiu de construir a Hidrelétrica de HidroAysen, na região da Patagônia, por temer impactos no ecossistema. O projeto das empresas Endesa e Colbún inundaria uma área de 56 quilômetros quadrados para gerar 2,7 GW de energia, ao custo de US$ 8 bilhões (veja reportagem na Planeta de janeiro de 2014). A região abaixo da represa abriga florestas intocadas nas margens dos rios Barker e Pascua, além de ser habitat de espécies de animais e plantas encontradas só na Patagônia. As empresas têm um mês para contestar nos tribunais a decisão do Ministério do Meio Ambiente.
Burocracia surreal
Numa louvável iniciativa de descarbonização, o governo federal anunciou que os 200 voos comerciais partindo do Rio de Janeiro para as 12 cidades-sede da Copa do Mundo usariam biocombustíveis e não querosene fóssil. Cumpriu a promessa. Só não disse que nenhuma gota era brasileira. A certifi cação ASTM aprovou, em junho, o bioquerosene produzido da cana-de-açúcar para voos globais. Mas a aviação brasileira exige regulamentação complementar, no caso o padrão QAV-1, que requer resolução da Agência Nacional de Petróleo. Resultado: o biocombustível usado na Copa foi todo importado.
Observatório orbital de CO2
A agência espacial norte-americana (Nasa) lançou o primeiro satélite para estudar dióxido de carbono na atmosfera. O Observatório Orbital de Carbono partiu a bordo de um foguete Delta II da Base Vardenberg, na Califórnia. O satélite vai ficar em órbita a 640 quilômetros da Terra e medir o acúmulo de C02 na atmosfera durante dois anos. Também vai elaborar mapas detalhados da distribuição do gás e dos lugares do planeta onde ele é reabsorvido – como as florestas. Michael Freilich, diretor da Divisão de Ciências da Terra, da Nasa, anunciou que as medições terão “grande precisão” e servirão para estabelecer “fundamentos de decisões políticas sobre a adaptação à mudança climática futura”.