● Energia Google

Uma usina eólica no sul da Califórnia é o mais novo investimento em energia alternativa da Google. A gigante de tecnologia destinou US$ 55 milhões para a construção do parque eólico Alta Vista Energy Center, na fronteira do deserto de Mojave com os Montes Tehachapi. A obra, a cargo da Terra-Gen Power, conta ainda com a participação do Citibank e deverá abastecer 450 mil domicílios. Com a iniciativa, a Google já contabiliza US$ 400 milhões investidos em energias renováveis.

 

● Voos com biocombustível

A alemã Lufthansa é a primeira companhia aérea do mundo a realizar voos comerciais movidos parcialmente a biocombustível. Desde julho, em oito dos 28 voos diários entre Hamburgo e Frankfurt (distância de 390 km) os aviões Airbus A321 da empresa usam uma mistura com 50% de querosene de aviação e 50% de biocombustível. A experiência durará seis meses, período em que a Lufthansa deixará de emitir 1.500 toneladas de gás carbônico. Mas a um custo alto: o preço do querosene é mais de 50% menor.

 

● A nova verdade inconveniente de Al Gore

Quatro anos depois do lançamento do documentário Uma Verdade Inconveniente, que venceu o Oscar de Hollywood ao abordar o aquecimento global e sua relação com a atividade humana, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore prepara uma nova ação nessa área. Seu projeto Climate Reality (Realidade do Clima) será lançado num evento transmitido durante 24 horas em 14 de setembro, que incluirá uma apresentação multimídia na qual Gore promete “ligar os pontos” entre os eventos extremos e a mudança climática.

 

 

● Báltico menos salino

Com as chuvas previstas nas suas bacias hidrográficas em razão do aquecimento global, o Mar Báltico deverá ficar cada vez menos salino. Em 100 anos, poderá se tornar um mar de água doce, com graves consequências para sua fauna e flora atuais, alerta um estudo de cientistas europeus. Os pesquisadores também flagraram a chegada de espécies de plâncton do Oceano Pacífico ao Atlântico Norte, graças ao degelo no Ártico – outra mudança com reflexos sérios na vida marinha da região afetada.

 

● Enxofre ameniza aquecimento

Segundo um estudo norte-americano publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, as temperaturas na superfície da Terra não subiram tanto, entre 1998 e 2009, graças ao efeito resfriador dos gases contendo enxofre emitidos pelas termelétricas a carvão da China (as partículas de enxofre refletem a luz e o calor do Sol). De 1998 a 2007, o consumo dessas usinas subiu de 1,392 milhão para 2,892 milhões de toneladas. O enxofre liberado amenizou os efeitos da emissão crescente de gases-estufa – mas o quadro é temporário, dizem os cientistas.

● Carne artificial

Desenvolver carne artificial em laboratório, como se faz com a pele, pode ser uma saída para carnívoros que reprovam o ônus ambiental da pecuária. Segundo cientistas das universidades de Oxford (Inglaterra) e Amsterdã (Holanda), a produção da carne de laboratório emitiria um volume de gases-estufa até 96% menor, consumiria entre 7% e 45% menos energia e demandaria apenas 1% da terra e 4% da água usadas na pecuária. Sobre o gosto, nada se sabe ainda. Para Hannah Tuomisto, pesquisadora de Oxford e líder do estudo, com mais investimentos o primeiro laboratório do gênero seria aberto até 2016.

 

Empresas + verdes

+ A Azul Linhas Aéreas, por meio do Programa Green IT da Furukawa, já reciclou em seus dois anos de vida 600 kg de materiais de redes de cabeamento. Com isso, evitou a destinação de cerca de 300 kg de materiais contaminados com metais pesados a aterros industriais, a extração de 57 toneladas de minério de cobre e o consumo de 5.736 kWh de energia.

+ A Eletrosul inaugurou em junho a primeira etapa da operação do Complexo Eólico Cerro Chato, em Sant’Ana do Livramento (RS). São os primeiros 10 megawatts de energia eólica produzidos por uma empresa do Sistema Telebrás. A Eletrosul também está construindo uma usina solar no prédio de sua sede, em Florianópolis.

+ A Caixa Econômica Federal, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, vai apoiar projetos socioambientais na Caatinga. Serão ao todo R$ 6 milhões, distribuídos a projetos que devem visar à eficiência energética e ao uso sustentável. Os eixos abrangidos são três: Manejo Florestal Comunitário e Familiar, Eficiência Energética e Fogões Eficientes.

+ O Grupo Pão de Açúcar e a Eurofarma Laboratórios ampliaram o projeto Descarte Correto de Medicamentos, que procura dar destinação adequada a remédios vencidos, embalagens e itens como agulhas e ampolas. Além das duas lojas do Pão de Açúcar e três do Extra pioneiras, agora outras 18 drogarias Extra da capital paulista também recolhem esses resíduos.