Um novo estudo desenvolvido por três centros de pesquisa oncológicos internacionais têm mostrado resultados inéditos no uso de vacinas mRNA em tratamentos de câncer de pâncreas, doença conhecida por sua agressividade. Diferentemente das injeções tradicionais, essas necessitam de doses recorrentes e adaptáveis a cada indivíduo, o que aumenta sua dificuldade de desenvolvimento.

Os neoantígenos desempenham um papel central nessa proposta, sendo proteínas presentes nos tumores pancreáticos que funcionam como sinais de alerta para o sistema imunológico. O objetivo do líquido terapêutico seria estimular a produção de células T, treinadas para identificar e atacar essas moléculas cancerígenas. Essa abordagem visa reduzir o risco de recorrência da doença após a remoção cirúrgica do tumor primário, ao fortalecer a resposta imunológica contra células tumorais remanescentes.

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Nas respostas primárias, vários dos pacientes analisados demonstraram recorrência tardia dos cânceres de pâncreas, o que indica que os protótipos das vacinas podem estar efetivamente mantendo o crescimento e as ações do tumor sob controle.

O Dr. Vinod Balachandran, médico-cientista afiliado aos centros de pesquisa oncológicos, foi o responsável por tentar desvendar como esse tipo de injeção pode ser usada ativamente nos futuros tratamentos médicos. A técnica da mRNA chamou a atenção de desenvolvedores ao redor do globo nos últimos anos, após seu uso notório na contenção do COVID-19.