A governadora de Nova York, Kathy Hochul, decretou na última sexta-feira (09/09) estado de emergência após amostras do vírus da poliomielite terem sido detectadas no esgoto de quatro municípios, incluindo a cidade de Nova York.

As autoridades de saúde começaram a rastrear a presença do vírus que causa a paralisia infantil em águas residuais no estado depois de um adulto, que não tinha sido vacinado, no condado de Rockland, ter sido diagnosticado com a doença em julho. Esse foi o primeiro caso de poliomielite confirmado nos Estados Unidos em quase uma década.

A declaração de emergência permite a funcionários dos serviços de emergência médica, parteiras e farmacêuticos administrarem vacinas contra a poliomielite, além de possibilitar outras medidas para combater a propagação da doença. O estado de emergência fica em vigor até 9 de outubro.

O vírus foi detectado no esgoto do estado em amostras a partir do mês de abril. Ele foi encontrado em águas residuais da cidade de Nova York e dos condados de Rockland, Orange e Sullivan.

Campanha de vacinação

Depois da confirmação da doença, autoridades pediram que moradores se vacinem contra a poliomielite. “Com a pólio não podemos arriscar a sorte. Se você ou o seu filho não estão vacinados, o risco de paralisia é real. Peço aos nova-iorquinos que não corram nenhum risco”, apelou a comissária estadual de saúde, Mary T. Basset.

A taxa de vacinação contra a poliomielite no estado de Nova York é de 79%, mas nos condados de Rockland, Orange e Sullivan ela está abaixo desta média.

Autoridades locais afirmam que é possível que centenas de pessoas tenham contraído poliomielite e não saibam, uma vez que a maioria dos infectados não apresenta sintomas, mas pode transmitir o vírus durante vários dias ou semanas. A doença ameaça principalmente crianças menores de três anos.

A poliomielite pode causar paralisia irreversível em alguns casos. Não há cura para a doença, mas, desde 1955, ela pode ser prevenida com uma vacina. As três doses do imunizante garantem quase 100% de imunidade.

cn (Reuters, Lusa, AP)