01/04/2025 - 15:08
Um novo estudo do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária, da Alemanha, revela uma possível razão por trás do rosto humano ser tão menor do que os de seus antepassados. Se comparado aos neandertais e outros hominídeos antigos, a fisionomia humana atual é reduzida. Os pesquisadores do caso apontam que a motivação está no processo evolutivo e no tempo de crescimento.
A análise dos especialistas indica que, ao contrário das espécies antigas, a estrutura facial dos Homo sapiens para de aumentar por volta da adolescência, enquanto a deles continuava a alongar durante anos.
O processo pode ter afetado diversas características evolutivas e comportamentais que experienciamos atualmente – a diferença no tempo do desenvolvimento foi identificada como heterocronia.
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A parada do crescimento facial acaba resultando em um rosto mais plano com mandíbula menor e sobrancelhas reduzidas, o que termina em uma “gracialização humana”.
O estudo foi conduzido por meio da análise das células ósseas e de imagens panorâmicas de diversos voluntários. Como conclusão dessa análise, os autores do artigo determinaram três fatores principais que influenciaram na diminuição.
- Mudanças na dieta e culinária – técnicas mais evoluídas tornaram a deglutição e o funcionamento dos dentes um trabalho mais fácil, descartando a necessidade de sua aparência robusta;
- Fala e comunicação social – com o desenvolvimento das línguas e a simplificação dos sons, o conjunto da estrutura tende a ser suavizado;
- Redução da agressão e cooperação social – a falta de uma necessidade de sobrevivência total ao longo dos anos e a criação dos grupos sociais também contribui para a diminuição da antiga formação do rosto.
Os cientistas reforçam que as teorias ainda podem passar por diversas modificações dependendo de novos testes e descobertas. Eles também explicam que essa mudança evolutiva é esperada e tende a continuar acontecendo ao longo das próximas décadas.