Nesta quarta-feira, 6 de agosto, completam-se 80 anos do dia em que um bombardeiro B-29 lançou a primeira bomba atômica sobre a cidade de Hiroshima, no Japão, um ato que mudou o curso da história. O piloto da missão, o americano Paul Tibbets, morreu em 2007 sem nunca ter se arrependido de suas ações, afirmando que o ataque foi necessário para encerrar a Segunda Guerra Mundial.

 

Em resumo:

  • O que: 80º aniversário do bombardeio atômico de Hiroshima.
  • Quando: 6 de agosto de 1945, às 8h15 da manhã.
  • Quem: o piloto americano Paul Tibbets, comandante do avião Enola Gay.
  • Impacto: estima-se que mais de 135 mil pessoas morreram até o fim de 1945 como resultado direto da explosão e da radiação.

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Aos 30 anos, o então comandante Paul Tibbets estava no controle do avião que ele mesmo batizou em homenagem à sua mãe: Enola Gay. Às 8h15 da manhã, a bomba de 4.400 quilos foi lançada, explodindo a cerca de 600 metros do solo e destruindo mais de 90% da cidade. Cerca de 80 mil pessoas morreram instantaneamente.

“Fomos atingidos pela onda de choque. Foi como levar um coice”, relatou o piloto em entrevistas posteriores. “Vimos aquela nuvem de poeira fervente e destroços embaixo da gente, com aquele cogumelo gigantesco em cima.”

A justificativa oficial dos Estados Unidos para o ataque era forçar a rendição incondicional do Japão, evitando uma invasão terrestre que, segundo as projeções da época, custaria milhões de vidas de ambos os lados. Tibbets internalizou essa visão. “Posso até tirar algumas vidas, mas salvarei muitas outras”, declarou, defendendo sua missão até o fim da vida.

No entanto, o consenso sobre a necessidade do bombardeio é hoje amplamente debatido. Muitos historiadores argumentam que a declaração de guerra da União Soviética ao Japão, em 8 de agosto de 1945, foi o fator decisivo para a rendição japonesa, pois eliminou a esperança do Japão de negociar a paz com a mediação soviética. Para essa corrente, o uso das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki constituiu um crime de guerra.

Considerado um herói de guerra por muitos americanos, Tibbets morreu em 2007, aos 92 anos. Enquanto ele afirmava ter feito as pazes com seu passado, as marcas da bomba atômica em Hiroshima e em seus sobreviventes, os hibakusha, persistem até hoje como um alerta sobre o poder destrutivo da humanidade.

Texto editado com ajuda de inteligência artificial