Após a morte do papa Francisco, de 88 anos, nesta segunda-feira, 21, no Vaticano, foi repercutida uma profecia associada a Nostradamus que teria previsto o acontecimento e a sucessão do pontífice para um líder religioso que “enfraqueceria” a Igreja Católica.

O astrólogo francês Michel de Nostredame, conhecido como Nostradamus, é o autor do livro “Les Prophéties” de 1555, obra em que o autor alega prever acontecimentos do futuro. Apoiadores do “vidente” sugerem que ele teria antecipado eventos como a ascensão de Adolf Hitler na Alemanha e a pandemia de Covid-19.

Apesar disso, as “previsões” de Nostradamus são criticadas por serem genéricas, além de raramente terem datas citadas nas “profecias”. Na maior parte das vezes, os próprios leitores especulam o ano dos acontecimentos.

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De acordo com o “Daily Mail”, o astrólogo teria escrito sobre a morte de um papa “muito velho” que seria sucedido por um “jovem de pele escura” que “com a ajuda do ‘grande rei’ entregará a bolsa a outro de cor vermelha”. Por ter uma linguagem enigmática, alguns sugerem que as “profecias” não devem ser interpretadas literalmente.

O papa Francisco foi o quarto mais velho a morrer enquanto ocupava o cargo, atrás apenas de Gregório XII, que morreu aos 90 anos, Celestino III, que tinha 92, e Leão XIII, que faleceu aos 93.

Confira o trecho em que Nostradamus fala sobre a morte de um papa velho:

  • “Pela morte de um pontífice muito velho / Um romano de boa idade será eleito / Dele se dirá que enfraquece seu assento / Mas por muito tempo ele permanecerá sentado e em atividade mordaz”

Além das “visões” de Nostradamus sobre o papa, outras profecias, como a atribuída a São Malaquias, também tentam prever o futuro da Igreja Católica. A “Profecia dos Papas” teria sido escrita por São Malaquias em 1139 quando o religioso teve uma visão durante uma visita a Roma, mas alguns estudiosos sugerem que a obra foi forjada no século XVI.

De acordo com uma passagem do livro, o último papa seria “Pedro, o Romano”, que presidiria a Igreja Católica em um período de grandes turbulências que culminariam na destruição do Vaticano.

Escolha do novo papa

Após os rituais do velório e sepultamento do papa, o Vaticano passa por um período de luto de nove dias, quando convoca o Colégio Cardinalício. Os cardeais ficam instalados na Casa Santa Marta. É o mesmo local onde Francisco decidiu viver, ao renunciar ao apartamento papal no Palácio Apostólico.

Antes da votação propriamente, ocorrem as reuniões gerais em que todos os cardeais participam e discutem os problemas da igreja e do mundo atual. A partir dali, começa-se a delinear perfis que possam assumir o papel de bispo de Roma, de papa.

Para a segunda parte, a votação na Capela Sistina, participam apenas os cardeais com menos de 80 anos. O número máximo de cardeais eleitores é estabelecido em 120, embora atualmente haja 135 com direito a voto – e, como no passado, podem ser concedidas exceções. Normalmente, o novo papa é escolhido entre cardeais que estão na capela, mas nada impede que alguém que está fora seja eleito.

No dia do conclave, da votação a portas fechadas, os cardeais dirigem-se à Basílica de São Pedro para a missa presidida pelo decano do Colégio Cardinalício, que atualmente é o italiano Giovanni Battista Re. Em seguida, eles seguem em procissão para a Capela Sistina, preparada com bancos para as votações e o fogareiro onde serão queimadas as cédulas e anotações. Nesse momento, é proibido o uso de dispositivos eletrônicos ou qualquer contato com o exterior.

Se a eleição começar no período da tarde, o primeiro dia terá apenas um processo de votação. Já os seguintes terão até quatro votações, sendo duas de manhã e duas a tarde. O conclave mais longo da história demorou 33 meses, quase três anos, para eleger Beato Gregório X como papa, em 1271.

Cada cardeal escreve o nome do escolhido em um papel retangular e deposita em uma urna. Após a sessão, dois apuradores abrem os papéis e leem silenciosamente os nomes, enquanto um terceiro os pronuncia em voz alta. As cédulas são furadas, amarradas umas às outras e queimadas no fogareiro.

Se ninguém atinge a maioria qualificada de pelo menos dois terços dos votos, é adicionada uma substância que tinge a fumaça de preto. Caso haja um eleito, o decano pergunta se ele aceita o cargo e qual o nome escolhido para exercer o pontificado.

*Com informações da Agência Brasil