O óleo que atingiu o litoral do Rio de Janeiro é compatível com material encontrado no litoral da região Nordeste e do Espírito Santo, de acordo com o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA). Em nota divulgada hoje (26 de novembro), o grupo diz que militares da Marinha e agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão no local efetuando monitoramento. O GAA é formado pela Marinha do Brasil, Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Ibama.

A análise foi feita pelo Instituto de Estudo do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM), que constatou que uma amostra de 20 gramas recolhida na Praia de Santa Clara, em São Francisco de Itabapoana, localizada no norte do estado do Rio de Janeiro, é compatível com o óleo que atingiu o litoral do Nordeste e o Espírito Santo.

Autoridades confirmaram, neste final de semana, que o óleo chegou ao Rio de Janeiro. De acordo com GAA, trata-se de “pequenos fragmentos” que foram removidos das praias de Santa Clara e Guriri, em São Francisco de Itabapoana; praia do Barreto, em Macaé; e Canal das Flechas, em Quissamã. Todas essas praias ficam no norte do estado.

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No Nordeste e no Sudeste

Amostras foram recolhidas nessas localidades e apenas na praia de Santa Clara o óleo “foi constatado como compatível”, diz o texto. Segundo o GAA, não foram encontrados novos vestígios de óleo no estado do Rio de Janeiro até o momento.

De acordo com o boletim divulgado pelo Ibama na tarde de ontem (25), ao todo 772 localidades de 124 municípios em 11 estados foram atingidos pelo óleo. Até o momento, constam na lista, além do Rio, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Espírito Santo.

Na semana passada, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lançou um edital que vai destinar R$ 1,36 milhão para pesquisas sobre o óleo encontrado nas praias brasileiras. O objetivo é contribuir para a contenção, o processamento do resíduo encontrado e a redução de danos ao meio ambiente.