A origem dos diamantes remonta às profundezas inacessíveis do manto terrestre, a mais de 150 km abaixo da superfície. Nesse ambiente extremo, pressões e temperaturas elevadíssimas comprimem átomos de carbono até formarem a estrutura cristalina mais dura conhecida na natureza. Contudo, a maior parte dessas gemas permanece inalcançável, muito além da capacidade de qualquer perfuração humana.

  • Formação: ocorre no manto superior (e às vezes na zona de transição), sob calor e pressão intensos.

  • Transporte: o magma atua como um “elevador expresso”, trazendo os cristais para cima em velocidades supersônicas.

  • Estrutura: as erupções criam tubos verticais em formato de cenoura, conhecidos como diatremas.

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Diferente do que se acreditava no passado, a ciência moderna já compreende o mecanismo que traz essas pedras à luz. Estudos recentes indicam que as erupções de kimberlito — a rocha ígnea que hospeda os diamantes — são impulsionadas pela ruptura de placas continentais e pela presença de voláteis, como água e dióxido de carbono ($CO_2$), no magma.

Esses gases expandem violentamente durante a subida, gerando explosões que rompem a crosta terrestre e deixam para trás estruturas geológicas específicas: os tubos de kimberlito ou, mais raramente, de lamproíto.

“Se a subida do magma não fosse rápida o suficiente, os diamantes se desfariam e chegariam à superfície apenas como grafite.”

Embora vestígios dessas chaminés vulcânicas tenham sido identificados em todos os continentes (sempre em regiões de crosta antiga e estável, chamadas cratons), a presença de gemas não é garantida. Apenas uma pequena fração desses depósitos é “fértil”, ou seja, cravejada de diamantes viáveis para exploração econômica.

Essa combinação de condições geológicas raras — formação profunda, transporte rápido e preservação na crosta — justifica não apenas o valor financeiro, mas o fascínio científico que os diamantes exercem.