Um estudo do DESI (Instrumento Espectroscópico de Matéria Escura – em tradução) apontou que a energia escura pode variar de densidade ao longo do universo. Para chegar a essa hipótese, pesquisadores elaboraram o maior mapa 3D do cosmos até os dias atuais e, com a comparação a outros estudos, elaboraram tal conceito. As informações são da Science News.

A matéria escura é um enigma para a ciência e é o fato que causa uma aceleração na expansão do universo. “O resultado é uma dose de adrenalina para a comunidade científica”, declarou o físico Daniel Scolnic, da Duke University, que não se envolveu no estudo.

O mapa do DESI permite que os cientistas analisem padrões na distribuição das galáxias e de outros elementos que conseguem determinar a história de expansão do universo. Foram mapeadas 6,4 milhões de galáxias e quasares, um núcleo brilhante de galáxias “violentamente” ativas, o que oferece uma estimativa da taxa de expansão do cosmos.

Além disso, o “desenho” do universo possibilita uma percepção de que a densidade da matéria escura varia com o tempo, o que representaria uma mudança na forma como entendemos o cosmos. A densidade da energia escura varia conforme padrões sonoros, gerando uma distância “preferida” entre galáxias.

Para uma análise mais profunda, os 11 bilhões de anos do universo foram divididos em sete épocas. Olhando mais para trás na história do cosmos, a luz das galáxias se torna mais fraca, o que levou os pesquisadores a estudarem como o hidrogênio absorve a luz dos quasares.
Os cientistas compararam a própria análise com a teoria cosmológica padrão, na qual a densidade da matéria escura é constante, mas, apesar de os resultados serem similares, os pesquisadores consideraram uma hipótese em que tal energia pode variar com o tempo.

Mesmo assim, o estudo não conseguiu determinar com precisão como a matéria escura evolui. Os pesquisadores esperam que mais cinco anos de coleta de dados ajudem a complementar a hipótese de alteração na densidade da energia.