05/06/2021 - 0:15
A Petronas Lubrificantes Brasil e a Fundação SOS Mata Atlântica lançaram em maio, período em que se comemora o Dia Nacional da Mata Atlântica, a maior ação de sustentabilidade já criada pela empresa no país: o projeto #MaisQueFloresta. A ação tem como pontapé inicial a restauração florestal com o plantio de 15 mil mudas de árvores nativas. No total, essas mudas reconstruirão seis hectares do bioma Mata Atlântica, ajudando a Petronas a compensar o equivalente a 2.500 toneladas de CO2 emitidas e a conservar fontes de água.
Desde 2018, quando a Petronas firmou o compromisso de dedicar 75% de todo o investimento global em pesquisa e desenvolvimento à sustentabilidade, diversas iniciativas vêm sendo adotadas para cumprir essa agenda. Um dos primeiros passos foi a criação de lubrificantes especializados, que reduzem as emissões de CO2. No Brasil, a Petronas foi a primeira empresa a produzir lubrificantes para veículos híbridos. “Estamos extremamente focados e comprometidos em atingir nosso objetivo de zerar as emissões de carbono até 2050. Acreditamos que mais uma forma de tangibilizar esse compromisso é por meio da recuperação das florestas”, afirma Rogério Ludorf, diretor de Excelência Comercial Américas.
- Ação humana impactou mais de 80% dos remanescentes de Mata Atlântica
- A Mata Atlântica está ficando mais jovem – e isso é má notícia
O bioma Mata Atlântica foi escolhido para a iniciativa por ser, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), um dos mais ricos em biodiversidade em todo o mundo. Apesar de já ter quase 90% de sua área original destruída, estar muito fragmentada e continuar sob ameaça, a Mata Atlântica ainda traz muitos benefícios diretos e indiretos para 72% da população brasileira, como a regulação do clima, a preservação de recursos hídricos e a própria fertilidade do solo para a produção de alimentos.
Conscientização
“Ao nos depararmos com essa realidade, vimos que há muito a se fazer e não é preciso ir a lugares distantes. Aqui mesmo, pertinho de nós, temos uma das maiores reservas de biosfera do planeta, segundo a Unesco. Assumimos para nós a missão de não apenas ajudar a recuperar a Mata Atlântica, como também de conscientizar nossos colaboradores, distribuidores e toda a população nacional acerca do assunto”, explica Luiz Sabatino, diretor-geral da Petronas no Brasil. Segundo ele, um dos maiores objetivos da campanha é despertar nas pessoas a curiosidade sobre o significado mais profundo desse bioma. Disso surgiu o nome #MaisQueFloresta.
Ao assumir o compromisso com a Mata Atlântica, a Petronas se aliou a uma das mais respeitadas ONGs do Brasil para se aprofundar no tema e entender as principais necessidades do bioma. A SOS Mata Atlântica, que atua há quase 35 anos e soma mais 42 milhões de mudas plantadas, foi a parceira escolhida para a ação.
“A parceria com a Petronas chega em um momento muito oportuno, em que observamos o aumento do desmatamento da Mata Atlântica em dez estados do Brasil. Juntos, escolhemos uma região bastante estratégica para o replantio das 15 mil mudas, que será na bacia do rio Pardo, no município de São Sebastião da Grama (SP), em uma região conhecida como Vale da Grama, próxima a Poços de Caldas (MG)”, complementa Rafael Bitante Fernandes, gerente de Restauração Florestal da ONG.
Corredores ecológicos
Na área há produção de café, criação de gado, produção de oliveiras, macadâmias e outras culturas. Ele afirma que o município selecionado possui apenas 8,87% de remanescentes de Mata Atlântica atualmente – enquanto a ciência indica que o mínimo adequado seria de 30%. A iniciativa pretende criar corredores ecológicos para unir os fragmentos e recuperar a mata na margem de rios e nascentes. Isso reforça a importância da execução de projetos de restauração florestal na escala da paisagem, agregando múltiplos esforços para reversão de um cenário de alta fragmentação do bioma. Através de projetos como esse, as “ilhas” remanescentes de vegetação nativas são conectadas.
Dentre as espécies nativas da região que farão parte do replantio estão trema, ipês, jequitibá, palmito-jussara, louro-pardo, angico, cereja-do-rio-grande, quaresmeira, ingá, aroeira-pimenteira e jatobá, entre outras.
“A restauração florestal vai muito além de simplesmente plantar árvores nativas. Queremos reproduzir, de fato, um ambiente funcional, com a presença da biodiversidade regional e que exerça serviços ecossistêmicos – como sequestro de carbono, melhoria da qualidade e quantidade de água e recuperação de paisagens naturais, como os que a floresta exercia em seu estado original”, diz Fernandes.
Longa caminhada
É importante destacar, no entanto, que o projeto se inicia, mas não se encerra com o replantio das mudas. “Este é apenas o começo de uma longa caminhada em prol do cuidado e recuperação da Mata Atlântica. O projeto é iniciado com a escolha da área, então, selecionando as espécies nativas regionais, preparo da área e plantio. Após o plantio, a área que recebeu as mudas passa por uma série de cuidados – intervenções que irão promover o estabelecimento e crescimento das mudas plantadas. Mesmo com a floresta formada, é necessário checar se ela está em uma trajetória que irá garantir sua perpetuidade, e para isso é feito o monitoramento da área. Tudo isso leva cinco anos, garantindo, de fato, florestas funcionais”, conclui Fernandes.
Para que os interessados possam acompanhar as ações do projeto, a Petronas criou o website petronasmaisquefloresta.com.br. Nele, será possível conhecer detalhes da execução, acessar mais informações sobre o bioma, verificar o “contador de mudas” e o impacto positivo até então e também participar do projeto, por meio de doações e outras ações.